Fazenda reduz previsão oficial de crescimento do PIB para 1,61% e eleva projeção de inflação para 5,31%
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta sexta-feira (17/3) o Boletim Macrofiscal, no qual foi reduzida a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% para 1,61%. A estimativa para a inflação também foi elevada de 4,6% para 5,31%.
O que você precisa saber sobre PIB, inflação e taxa de juros
- SPE do Ministério da Fazenda reduz a previsão de crescimento do PIB de 2,1% para 1,61%;
- A estimativa para a inflação foi elevada de 4,6% para 5,31%;
- Desaceleração dos setores de serviços e indústria é causada pelos altos juros e pela contração do crédito;
- Selic é a taxa básica de juros utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e incentivar o crescimento econômico;
- Redução do crescimento do PIB pode indicar uma menor perspectiva de rentabilidade para as empresas, levando a uma redução da demanda por crédito; e
- Com menos demanda por crédito, o Banco Central pode reduzir a Selic para incentivar o consumo e estimular a economia.
De acordo com a SPE, a desaceleração dos setores de serviços e indústria, causada pelos altos juros e pela contração do crédito, é responsável pela queda no crescimento econômico. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano de 2023.
Como a redução do crescimento do PIB pode afetar a Selic?
A redução do crescimento do PIB pode determinar a redução da taxa de juros Selic por diversos motivos. Em primeiro lugar, a Selic é a taxa básica de juros da economia e é utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e incentivar o crescimento econômico. Quando a economia está em expansão, o Banco Central pode aumentar a Selic para desacelerar o consumo e conter a inflação. Já quando a economia está em desaceleração, com menor demanda por bens e serviços, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular o consumo e impulsionar o crescimento.
Além disso, a desaceleração do PIB pode indicar uma menor perspectiva de rentabilidade para as empresas, o que pode levar a uma redução da demanda por crédito. Com menos demanda por crédito, o Banco Central pode reduzir a Selic para incentivar o consumo e estimular a economia.
Com base nisso, é possível concluir que a redução do crescimento do PIB pode influenciar a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros Selic como forma de estimular a economia e manter a inflação sob controle.
Nas próximas terça e quarta-feira, dias 21 e 22 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai se reunir pela segunda vez no ano para debater a taxa básica de juros da economia, a Selic.
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