O grupo formado pelas maiores instituições do setor produtivo do Paraná, o G7, rachou diante da polêmica do modelo de pedágio. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep), por exemplo, em nota, disse que a inabilidade política do governo Ratinho Jr. (PSD) está custando caro à sociedade. [Abaixo, ouça o áudio.]
O que você precisa ficar sabendo sobre pedágio e racha no G7:
- O grupo G7 formado pelas maiores instituições do setor produtivo do Paraná se dividiu devido à polêmica em torno do modelo de pedágio;
- A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) criticou a incompetência política do governo Ratinho Jr., afirmando que está custando caro à sociedade;
- A Faep afirma que o fim das concessões deixou as rodovias paranaenses sem serviços de manutenção e monitoramento geológico em toda a malha;
- O bloqueio da rodovia que leva ao Porto de Paranaguá está gerando prejuízos incalculáveis ao setor do agronegócio, segundo a Faep;
- O fechamento da rodovia BR-277 devido ao aluimento do pavimento no km 33,5 na região de Morretes causará impactos significativos na produção e no escoamento da soja, podendo resultar em taxas de demurrage;
- Algumas cooperativas e comerciantes estão optando por exportar pelos portos de Santos, em São Paulo, e São Francisco, em Santa Catarina, apesar dos custos de frete mais elevados;
- Houve várias ocorrências que resultaram em bloqueios em rodovias, entre elas a BR-277, a BR-376 e a Estrada da Graciosa, entre o final de 2022 e o início de 2023; e
- O grupo G7 inclui Fiep, Faep, Fecoopar, Fecomércio-PR, Fetranspar, ACP, Faciap e Sebrae-PR.
“Com o fim das concessões, as rodovias paranaenses ficaram sem manutenção e sem serviços de monitoramento geológico ao longo de toda a malha”, critica o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
Segundo a Faep, os bloqueios na rodovia que leva ao Porto de Paranaguá gera prejuízos incalculáveis ao agro paranaense. A entidade afirma que a interdição da rodovia BR-277, devido ao afundamento do pavimento das pistas no km 33,5, na região de Morretes, vai gerar prejuízos incalculáveis ao setor agropecuário do Paraná.
O bloqueio da rodovia já provoca impactos significativos no escoamento da safra de soja, em um momento em que o Estado tem perspectivas de bater um recorde de produção, diz a representante do agro.
A fila de caminhões, que não conseguem chegar ao Porto de Paranaguá, gera demurrage – taxa de estadia dos navios por período que permanecem atracados, aguardando a chegada das cargas.
“Esse dinheiro sai do bolso do produtor rural. Já temos notícias de cooperativas e traders que têm optado a escoar sua produção pelos portos de Santos, em São Paulo, e de São Francisco, em Santa Catarina, ainda que com frete mais caro”, lamenta o presidente da Faep.
Com isso – a nova interdição na rodovia que leva ao porto de Paranaguá – “entre o fim de 2022 e o início de 2023, já assistimos a outros incidentes que culminaram com bloqueios na BR-277, na BR-376 e na Estrada da Graciosa”, observa.
O G7 é formado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Federação e Organização das Cooperativas do Paraná (Fecoopar), Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Associação Comercial do Paraná (ACP) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) e Sebrae-PR.
Ouça aqui a opinião de Ágide Meneguette:
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.