Na cúpula de Vilnius, capital da Lituânia, os líderes da Otan se reuniram para discutir a possível adesão da Ucrânia à aliança militar. No entanto, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky enfrentou uma grande frustração, já que a declaração final não incluiu um convite imediato para seu país se juntar à Otan.
Embora tenha sido afirmado que “o futuro da Ucrânia está na Otan”, não foram definidos prazos nem condições claras para a adesão. Isso gerou descontentamento por parte de Zelensky, que acusou os líderes presentes na cúpula de falta de respeito e afirmou que não havia “prontidão” para convidar seu país.
A declaração final da cúpula ressaltou a oposição de países como Alemanha e Estados Unidos a um compromisso demasiado firme, temendo uma escalada do conflito com a Rússia.
A falta de um convite imediato foi interpretada como uma medida de cautela para evitar uma possível guerra contra Moscou, caso a Ucrânia se juntasse à Otan enquanto o conflito ainda estivesse em curso.
Zelensky expressou sua insatisfação com a situação, destacando que a Ucrânia “merece respeito” e que “certas palavras estão sendo discutidas sem a Ucrânia”.
O presidente ucraniano ressaltou a importância de uma decisão clara e um convite definitivo, a fim de garantir a segurança de seu país e evitar que a Rússia continue suas ações agressivas.
A posição da Otan revelou divisões entre os membros da aliança, com alguns países do leste europeu apoiando a adesão imediata da Ucrânia, enquanto outros, como Estados Unidos e Alemanha, foram mais cautelosos.
No entanto, os líderes ocidentais enfatizaram seu compromisso em apoiar a Ucrânia de outras maneiras, como fornecendo armas e garantindo acordos de segurança de longo prazo.
Apesar da falta de um convite imediato, a Ucrânia recebeu apoio significativo durante a cúpula.
Os líderes discutiram a remoção da exigência do Plano de Ação para Adesão (MAP) para a entrada do país na Otan, o que representa um passo importante em direção à adesão.
Além disso, foram anunciados acordos de treinamento de pilotos e fornecimento de armas por parte de vários países aliados.
Embora a adesão imediata da Ucrânia à Otan não tenha sido garantida, a cúpula ressaltou o compromisso dos líderes em apoiar o país de outras maneiras.
Ainda assim, o presidente Zelensky expressou sua esperança de que a Ucrânia seja reconhecida como um membro “de fato” da aliança e que um “algoritmo” claro para a adesão seja elaborado.
No momento, as discussões entre os líderes da Otan continuam, e espera-se que uma posição final seja alcançada em breve.
A Ucrânia aguarda ansiosamente por uma decisão que supostamente garantirá sua segurança e estabilidade no cenário internacional.
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