Rússia ameaça responder aos EUA com bombas de fragmentação na guerra da Ucrânia, alerta ministro

A Rússia está se preparando para responder aos Estados Unidos com o envio de bombas de fragmentação à guerra na Ucrânia, após o anúncio da decisão americana de fornecer esse tipo de munição ao país.

O ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, declarou que o fornecimento de munições cluster [bombas de fragmentação] pelos americanos prolongará o conflito e deixará a população civil em risco.

Shoigu ressaltou que nem a Rússia, nem os Estados Unidos, nem a Ucrânia aderiram à Convenção sobre Munições Cluster [Bombas de Fragmentação], mas a Rússia tem se abstido de usá-las na operação especial em reconhecimento da ameaça que representam para os civis.

No entanto, caso os EUA sigam adiante com o fornecimento, as forças armadas russas serão forçadas a utilizar armas semelhantes contra as forças ucranianas como resposta.

O ministro destacou que a Rússia possui munições cluster [bombas de fragmentação] em serviço que são mais eficazes do que as dos americanos, com alcance mais amplo e diversificado.

O comando do Grupo Conjunto de Forças na área da operação militar especial está tomando medidas adicionais para proteger o pessoal e os equipamentos de ataques com bombas de fragmentação.

Economia

Porém, diante do possível envio dessas armas à Ucrânia, a Rússia também pode decidir utilizá-las no campo de batalha, aumentando a preocupação com os impactos sobre a população civil.

As bombas de fragmentação são explosivos lançados no ar ou como artilharia, projetadas para abrir antes de atingir o alvo e liberar os explosivos em uma área maior.

Essas munições têm sido alvo de críticas devido ao alto índice de falhas, o que faz com que muitas não explodam imediatamente e se transformem em minas terrestres que podem causar danos por muitos anos e em diferentes contextos.

Diversas organizações internacionais de direitos humanos, como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a Handicap International, criticaram os Estados Unidos pelo envio de bombas de fragmentação à Ucrânia.

Essas organizações destacam que mais de 120 países já proibiram o uso dessas armas devido ao risco que representam para os civis, mas nem a Ucrânia, nem a Rússia, nem os Estados Unidos assinaram o acordo correspondente.

A decisão dos Estados Unidos de fornecer bombas de fragmentação à Ucrânia é vista como controversa, já que essas armas têm um histórico de causar vítimas civis.

No entanto, os defensores dessa medida argumentam que a Rússia já tem utilizado essas armas na Ucrânia e que as munições fornecidas pelos EUA possuem uma taxa reduzida de falhas, o que reduz o risco de mortes civis acidentais.

Além disso, acredita-se que o uso dessas armas pela Ucrânia possa ser mais eficiente, permitindo atingir um maior número de alvos com menos munições.

É importante ressaltar que a utilização de bombas de fragmentação não viola diretamente o direito internacional, mas o seu uso contra civis é amplamente condenado. O debate sobre a ética e a legalidade dessas armas continua, especialmente considerando o risco que representam para os civis durante e após um conflito.

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