Operação Tempus Veritatis revela documento sobre ‘estado de sítio’ durante buscas na sede do PL | Bolsonaro no bico do corvo

Na operação da Polícia Federal, batizada de Tempus Veritatis, quinta (8/2), um documento intrigante veio à tona durante as buscas na sede do Partido Liberal (PL). O achado levanta questões sobre um suposto plano de estado de sítio, com o intuito de manter Bolsonaro na Presidência.

A autoria do documento permanece um enigma, deixando os investigadores curiosos sobre quem poderia estar por trás dessa trama. O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, ao ser contatado pelo UOL, declarou que o ex-presidente “desconhece” o documento. Ele ressaltou que a imposição do estado de sítio requer procedimentos específicos, como a convocação e aprovação prévia do Conselho da República e do Conselho de Segurança, seguidos pela aprovação no Congresso. Bueno enfatizou que, portanto, não pode ser unilateralmente decretado por um presidente, tornando-o incompatível com a narrativa de um golpe de Estado.

Em resposta às medidas cautelares da operação, os advogados de Bolsonaro expressaram “indignação” e “inconformismo”. Consideraram a apreensão do passaporte do ex-presidente como “absolutamente desnecessária” e afirmaram que Bolsonaro não compactuou com qualquer movimento contra o Estado Democrático de Direito ou suas instituições.

Bolsonaro na mira: aliados e ex-ministros envolvidos na Operação

A ação da PF teve como alvo não apenas a sede do PL, mas também a residência de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis. Os agentes foram em busca do passaporte do ex-presidente, que não estava no local, resultando em um prazo de 24 horas para a entrega. Posteriormente, o passaporte foi encontrado na sede do PL e apreendido.

Além disso, a operação levou à prisão do coronel Marcelo Costa Câmara e de Filipe Martins, ex-assessores de Bolsonaro. O ex-assessor Tércio Arnaud Thomaz teve seu celular apreendido. Rafael Martins de Oliveira, major do Exército, também foi preso pela PF.

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Reações e estratégias de defesa

Diante dos acontecimentos, as reações foram diversas. Enquanto Bolsonaro alega desconhecimento do documento em questão, seus advogados manifestam indignação com as medidas adotadas pela PF. A defesa ressalta a não participação do ex-presidente em ações contrárias ao Estado Democrático de Direito.

Este episódio promete desdobramentos significativos, e a incerteza sobre a autoria do documento acrescenta um elemento de mistério a essa trama política em constante evolução. Acompanharemos de perto os desdobramentos da Operação Tempus Veritatis e os impactos que ela pode ter no cenário político nacional.

PF encontra provas contra Bolsonaro

Em meio aos bastidores políticos, poder e direito, uma recente reviravolta está agitando o cenário nacional. A Polícia Federal (PF) apresentou evidências contundentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, preparando o terreno para o encerramento de uma investigação que abala as estruturas do poder. Neste artigo, mergulhamos nas provas reveladas pela PF, nos desdobramentos políticos e nas implicações jurídicas, oferecendo uma análise aprofundada sobre os eventos que moldam o panorama atual.

O desenrolar da investigação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a avaliar a investigação e, caso necessário, encaminhar as denúncias ao ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Este movimento pode transformar os denunciados em réus, enfrentando acusações sérias de tentativa de golpe e associação criminosa, crimes que carregam penas significativas.

Reuniões e planos golpistas

A PF, por meio de depoimentos e provas documentais, situa Bolsonaro em reuniões onde se discutia abertamente a possibilidade de um golpe. Encontros com seu então assessor, Filipe Martins, e a apresentação de uma minuta de decreto golpista a comandantes das Forças Armadas ressaltam a gravidade dos eventos. Destaque-se a proposta de prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, evidenciando a seriedade das intenções.

A força das provas

Documentos que detalham “considerandos” sobre interferências do Poder Judiciário no Executivo, a delação de Mauro Cid sobre uma minuta de golpe e a resistência de setores militares à trama são elementos que fortalecem a investigação. O apoio do comandante da Marinha e a busca por convencer as Forças Armadas a dar um golpe compõem um quadro intricado que a PF tem desvendado.

Desdobramentos e perspectivas futuras

Apesar do inquérito caminhar para seu desfecho, o desdobramento das buscas e apreensões recentes ainda pode revelar novas provas. Um documento encontrado na sede do PL, que parece ser o rascunho de um discurso anunciando um estado de sítio, destaca a complexidade do cenário político atual. A análise cuidadosa dessas informações adicionais será crucial para a conclusão da investigação.

Bolsonaro no bico do corvo

Neste mergulho nos bastidores políticos, apresentamos uma visão abrangente dos eventos que envolvem a investigação contra Jair Bolsonaro. A narrativa detalhada, baseada em fatos verificados diretamente pela PF, busca proporcionar ao leitor uma compreensão aprofundada do cenário. A verdade por trás dos planos golpistas e as consequências legais aguardam a avaliação da PGR e do STF, enquanto o país observa atentamente os desdobramentos dessa trama política.

Afinal, o que estado de sítio?

O estado de sítio é uma medida provisória usada para proteger o Estado quando está sob ameaça, como uma guerra ou uma calamidade pública. É um dos estados de exceção previstos na democracia brasileira, assim como o estado de defesa e a intervenção federal. 

O estado de sítio é um instrumento burocrático e político em que o chefe de Estado suspende por um período temporário a atuação dos Poderes Legislativo (deputados e senadores) e Judiciário. 

O estado de sítio é um instrumento político utilizado pelo Estado em situações consideradas emergenciais, como comoção grave de repercussão nacional ou quando o Estado Democrático de Direito está ameaçado. 

O estado de sítio é decretado com o objetivo de preservar ou restaurar a normalidade constitucional, perturbada pelos seguintes fatos:

  • Comoção grave de repercussão nacional
  • Ineficácia da medida tomada durante o estado de defesa
  • Declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira 

O estado de sítio pode ser decretado pelo Presidente da República, após ouvir os conselhos da República e da Defesa, mediante autorização do Congresso Nacional, em situações de grave comoção interna ou calamidade pública. 

Veja o que diz a Constituição Federal:

DO ESTADO DE SÍTIO

  Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:

I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II – declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

  Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.

§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.

  Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I – obrigação de permanência em localidade determinada;

II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;

IV – suspensão da liberdade de reunião;

V – busca e apreensão em domicílio;

VI – intervenção nas empresas de serviços públicos;

VII – requisição de bens.

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.

2 Respostas para “Operação Tempus Veritatis revela documento sobre ‘estado de sítio’ durante buscas na sede do PL | Bolsonaro no bico do corvo”

  1. A casa caiu para Bolsonaro e seus cumplices só aguardar o anúncio de sua prisão, porque alguns amigos já estão vendo o Sol nascer quadrado. Afinal tentou ser Presidente do Brasil na marra. Mas, vai é ser PRESIDIÁRIO pela força da LEI.

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