Carnaval de Curitiba: chope caro e falta de banheiros desanimam foliões

O grito de Carnaval que deixou a desejar

O Carnaval é, sem dúvida, uma das festas mais aguardadas do ano em terras tupiniquins. Em Curitiba, a cidade conhecida por sua organização e eficiência, não foi diferente. Contudo, um evento em especial deixou muita gente decepcionada: o grito de Carnaval promovido pelo bar Ao Distinto Cavalheiro.

O evento ocorre há 22 anos no encontro das ruas Saldanha Marinho e Avenida Viconde do Rio Branco, no centro, que ficam parcialmente trancadas durante algumas horas de folia.

A polêmica dos vinte reais no copo

Na quente e agradável noite de quinta-feira (8/2), a capital paranaense viu-se imersa em uma festa que, infelizmente, não foi só de alegria. O preço exorbitante do chope, nada camarada, causou um rebuliço entre os foliões.

Imagine só, vinte reais por um copo de chope! Parece até piada de mal gosto, mas foi a dura realidade enfrentada por quem se aventurou a brindar no evento.

Falta de estrutura: o Calcanhar de Aquiles da folia

Se o chope caro já não fosse o suficiente para azedar a festa, a falta de banheiros definitivamente não ajudou a situação. As filas intermináveis, dignas de um parque temático na alta temporada, foram o retrato do descontentamento geral.

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As meninas, em especial, sofreram com a ausência de banheiros adequados, enquanto os meninos improvisavam seus mictórios nos cantos das ruas, transformando árvores e muros em alvos de uma noite regada a excessos. Dava até dó, pelo preço do líquido!

O lado bom do Carnaval: animação e público fiel

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As ruas Saldanha Marinho e Visconde do Rio Branco ficaram parcialmente fechadas.

Apesar dos percalços, é preciso reconhecer que a animação não faltou. A marchinha estava empolgante, e o público compareceu em peso, mostrando que a paixão pelo Carnaval continua viva e pulsante em cada coração folião.

Contudo, a falta de estrutura e a ganância do estabelecimento foram os pontos negativos que pairaram sobre a festa, como uma nuvem negra em um céu estrelado.

O desaparecimento dos vendedores ambulantes: um sinal dos tempos?

Curiosamente, em meio a toda essa confusão, os vendedores ambulantes estiveram notavelmente ausentes. Nunca antes a presença deles foi tão sentida. Seus quitutes e bebidas geladas teriam sido um alívio para os foliões insatisfeitos com os preços e a escassez de serviços básicos.

Em Curitiba, a administração do prefeito Rafael Greca (PSD) é bastante hostil a esses heróis anônimos, que relatam humilhação, truculência da Guarda Municipal e dos fiscais, bem como apreensão da mercadoria.

A comparação com eventos passados: uma noite que remete ao show da Taylor Swift no Rio

A situação no grito de Carnaval em Curitiba trouxe à memória o polêmico show da Taylor Swift no Rio, onde um simples copo de água era vendido a um absurdo preço de dez reais. A ironia reside na comparação entre um evento internacional e um tradicional Carnaval local, ambos marcados por decisões comerciais que desagradaram o público.

A falta de sensibilidade para com as necessidades dos participantes ecoa entre os episódios, mostrando que, mesmo em contextos distintos, a ganância pode comprometer a experiência do público.

Uma lição a ser aprendida

Em resumo, o Carnaval de Curitiba no bar Ao Distinto Cavalheiro foi uma mistura de alegria e descontentamento. A animação estava presente, mas a estrutura deixou muito a desejar. Vinte reais por um copo de chope e a falta de banheiros adequados foram os principais pontos negativos apontados pelos foliões.

Resta-nos refletir sobre essa experiência e torcer para que, no próximo ano, possamos brindar a uma festa popular mais democrática e acessível a todos.

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