O partido de extrema direita Poder Judaico concordou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em adiar os planos divisivos de reforma do judiciário até depois do próximo recesso parlamentar.
No entanto, não há comentários imediatos sobre o status da reforma por parte de Netanyahu, que pediu aos manifestantes que se comportem com responsabilidade.
Os planos de reforma provocaram temores de distúrbios violentos e levaram a uma greve geral, que, nesta segunda-feira (27/3), afetaram os serviços médicos e os voos do principal aeroporto do país.
Há meses, os israelenses protestam contra as pretensões imperais e ditatoriais de Netanyahu.
Portanto, tenha em mente, o recuo de Netanyahu e da extrema direita é temporário, até após o próximo recesso parlamentar de um mês, o que pode não aplacar a fúria das ruas em Israel.
Netanyahu venceu a eleição de novembro passado – a quinta do país em menos de quatro anos – e, após 18 meses na oposição, voltou ao poder graças ao apoio de um grupo de partidos de direita e conservadores religiosos, incluindo aqueles que durante anos ficaram amplamente à margem da política israelense.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.