Netanyahu propõe reforma no sistema judiciário em Israel para consolidar seu poder enquanto protestos sacodem o país

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está liderando um esforço para remodelar o sistema judiciário em Israel, visando fortalecer seu controle sobre o poder político e judicial. O projeto de lei proposto por Netanyahu, que foi apresentado ao Parlamento de Israel na semana passada, busca mudanças significativas na forma como os juízes são selecionados e nomeados. No entanto, violentos protestos sacodem as principais cidades israelenses contra a proposta do governo de direita.

O que você precisa saber sobre os protestos em Israel:

  • Netanyahu lidera um esforço para reformar o sistema judiciário em Israel;
  • A proposta visa fortalecer o controle político e judicial de Netanyahu;
  • Netanyahu propõe a criação de um comitê independente de seleção de juízes;
  • Críticos argumentam que a proposta é um ataque à independência judicial;
  • A reforma proposta pode ser um ponto central nas eleições nacionais em Israel.

Há relatos de que a polícia israelense usou canhões de água para repelir os manifestantes que invadiram a residência do primeiro-ministro do país. Esses manifestantes ficaram enfurecidos com a demissão do ministro da Defesa, Yoav Gallant, que propunha o adiamento das discussões sobre a reforma do judiciário.

Anteriormente, os organizadores do movimento contra a reforma judicial em Israel anunciaram uma semana de protestos em grande escala em todo o país.

Também foi relatado que milhares de manifestantes contra a reforma judicial romperam um cordão policial perto da residência do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém.

Netanyahu argumenta que a atual estrutura do sistema judiciário israelense é excessivamente politizada e que as nomeações de juízes são frequentemente influenciadas por partidos políticos ou grupos de interesse. Ele propõe a criação de um comitê independente de seleção de juízes, composto por membros indicados por uma variedade de organizações da sociedade civil.

Críticos da proposta de Netanyahu, no entanto, argumentam que a reforma é um ataque à independência judicial e um esforço para consolidar seu próprio poder político. Eles apontam para a recente condenação de Netanyahu por corrupção como evidência de que o atual sistema judiciário é capaz de investigar e processar figuras poderosas.

Economia

O debate em torno da proposta de Netanyahu está se intensificando à medida que a política israelense se aproxima das eleições nacionais, previstas para o final deste ano. A reforma proposta pode se tornar um ponto central nas campanhas eleitorais, com alguns partidos defendendo a independência judicial e outros apoiando a proposta de Netanyahu.

Netanyahu é alvo da fúria dos israelenses. Fotos: redes sociais

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário