Tacla Duran diz ter informações sobre a Lava Jato que são capazes de arrepiar até os cabelos de Alexandre de Moraes
Nos últimos anos, a operação Lava Jato abalou as estruturas políticas e judiciárias do Brasil, mas também gerou controvérsia e críticas de muitos cidadãos. Entre os casos mais emblemáticos está a perseguição ao advogado Rodrigo Tacla Duran, que vive em exílio na Espanha.
Tacla Duran foi acusado de envolvimento em um grande esquema de corrupção, mas ele sempre negou as acusações e afirmou ser vítima de uma perseguição política. Sua história ganhou mais notoriedade quando ele se tornou um delator premiado, mas a Lava Jato recusou sua oferta de colaboração.
Desde então, Tacla Duran tem sido alvo de uma investigação intensa e controversa, que tem gerado dúvidas sobre a imparcialidade da Lava Jato. Ele alega ter sido vítima de chantagem e extorsão por parte de procuradores do Ministério Público Federal, que teriam pedido um pagamento de milhões de reais para suavizar suas acusações.
Nesta segunda-feira (27/3), Tacla Duran será interrogado pela 13ª Vara Federal de Curitiba, pelo novo juiz que herdou os processos da finada Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, em um dos capítulos mais importantes dessa saga. A expectativa é que o advogado possa esclarecer as acusações contra ele e, possivelmente, revelar mais informações sobre a atuação da Lava Jato e seus membros – inclusive o ex-juiz Sergio Moro – hoje senador pelo União Brasil do Paraná.
A algumas horas da audiência judicial disparou a venda de Rivotril e outros medicamentos para conter frouxos intestinais na capital paranaense, segundo rede de farmácia famosa consultada pelo Blog do Esmael.
Mas a pergunta que não quer calar é: por que Tacla Duran havia sido alvo de tanta perseguição? Será que ele pode provar o que sempre disse sobre a suposta corrupção dentro da Lava Jato? As respostas a essas perguntas podem ser reveladas em breve, mas o que já sabemos é que a Lava Jato tem sido alvo de muitas críticas e suspeitas, e que a história de Rodrigo Tacla Duran é apenas uma das muitas peças desse quebra-cabeça complexo.
Tacla Duran será ouvido às 16h30. O ex-advogado da Odebrecht diz ter informações sobre a Lava Jato que são capazes de arrepiar até os cabelos do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O Brasil vai parar para acompanhar o caso Tacla Duran
A menção do juiz Eduardo Appio à Vaza Jato na decisão sobre Tacla Duran é mais um capítulo no escândalo da operação Lava Jato, que tem sido alvo de muitas críticas e suspeitas nos últimos anos. As conversas divulgadas pela Vaza Jato revelaram uma série de irregularidades e supostas violações do Estado de Direito por parte de membros da Lava Jato, incluindo o ex-juiz Sergio Moro.
Entre as acusações levantadas pelas conversas está a interferência de Moro na elaboração de denúncias, o que, segundo o juiz Appio, indica uma rede subterrânea de comunicação digna de filme de espionagem. Essas revelações aumentaram as suspeitas sobre a imparcialidade da Lava Jato e geraram dúvidas sobre a legalidade de algumas de suas ações.
A prisão do ex-presidente Lula em 2018 é um dos exemplos mais emblemáticos dessa violação do Estado de Direito. Moro determinou a prisão de Lula em um processo marcado por irregularidades, o que acabou tirando o petista da eleição presidencial de 2018. A saída de Moro do governo Bolsonaro, posteriormente, também foi marcada por denúncias de tentativa de interferência política na Polícia Federal, subordinada à pasta da Justiça na época.
O caso de Tacla Duran é mais um exemplo das suspeitas que cercam a Lava Jato e seu modus operandi. A expectativa agora é que o interrogatório de Tacla Duran possa esclarecer algumas dessas dúvidas e trazer à tona informações importantes sobre a atuação da operação e seus membros.
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