Por que Lula não viajou para a China: entenda os motivos médicos, políticos e históricos

Oficialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não embarcou neste domingo (26/3) para a China porque está com pneumonia. A proibição foi de sua médica Dra. Ana Helena Germoglio. No entanto, essa enfermidade veio a calhar para os nebulosos ambientes políticos interno e externo.

Externamente, há uma pressão dos Estados Unidos para o Brasil não se alinhar ao eixo China-Rússia. Esses países são membros do BRICS, que ainda reúne Índia e Áfrical do Sul.

Internamente, há agitação política por meio do lavajatismo e do bolsonarismo. Esses extremistas ensandecidos têm a simpatia da velha mídia corporativa, que os utiliza para emparedar o governo Lula e manter as tetas no orçamento da União.

É nesse contexto que a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), recorda o velho Karl Marx, em O 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. ‘A história acontece como tragédia e se repete como tragédia’, dissera o filósofo alemão entre dezembro de 1851 e março de 1852.

Dito isso, os petistas da linhagem de esquerda desaconselharam Lula a embarcar para a China nesse ambiente de turbulência política. Eles lembraram a viagem do presidente João Goulart, há 62 anos, que deu início ao processo de golpe e ditadura que durou 21 anos no país.

Jango Goulart, também conhecido como João Goulart, foi um político brasileiro que serviu como presidente do Brasil de 1961 a 1964. Ele fez uma visita oficial à China em 1961, quando ainda era presidente em exercício.

Durante sua visita à China, Jango Goulart se encontrou com o presidente chinês Mao Zedong e com outros líderes políticos do país. A visita teve como objetivo estreitar os laços diplomáticos entre o Brasil e a China, que na época ainda estavam em processo de desenvolvimento de relações bilaterais.

É importante destacar que a viagem de Jango Goulart à China foi uma das muitas ações tomadas durante seu mandato para diversificar a política externa do Brasil e estabelecer novas parcerias internacionais.

Mas a burguesia brasileira, aliada aos americanos, viram nessa agenda internacional de Jango a oportunidade de diminuir o poder de Jango implantando o parlamentarismo. Era a retomada do golpismo interrompido com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, sete anos antes.

Como o seguro morreu de velho, Lula resolveu ficar para se curar da broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A – segundo diagnóstico médico.

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