Mensagens mostram que Ibaneis Rocha substimou terroristas em 8/1 enquanto Xandão libera o celular do governador afastado do DF

Mensagens indicam que o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, e a Polícia Militar subestimaram os terroristas no dia 8 de janeiro que perpetraram ataques ao STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

Segundo um relatório da Polícia Federal, Ibaneis afirmou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que não haveria “problemas” e que estavam mobilizados. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, questionou Ibaneis sobre a intensa movimentação dos apoiadores de Jair Bolsonaro e a possibilidade de ações hostis, mas o governador respondeu que a situação era “tranquila”.

A PF constatou que a investigação não revelou ações do governador para mudar o planejamento de segurança, impedir a repressão dos manifestantes ou ocultar informações a autoridades superiores. Integrantes da segurança pública também minimizaram a situação, conforme as mensagens recuperadas pela polícia.

Em depoimento, o major Flávio Silvestre de Alencar, responsável pelo batalhão na região da Esplanada, afirmou que o número de policiais não era suficiente para conter os manifestantes.

Este ataque à democracia mostra que a subestimação dos radicais foi uma falha grave da liderança da segurança pública e do governo, que não estavam preparados para enfrentar ameaças à democracia.

Os terroristas queriam derrubar o presidente Lula.

Economia

Xandão liberou o celular de Ibaneis

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a devolução dos dois celulares do governador afastado Ibaneis Rocha. Em 20 de janeiro, a Polícia Federal realizou uma busca e apreensão em endereços ligados a Ibaneis, incluindo a casa onde ele mora, no Lago Sul. Três dias depois, a defesa entregou dois celulares de Ibaneis para os investigadores. O relatório da PF sobre os celulares aponta que Ibaneis não foi conivente com as invasões das sedes dos Três Poderes e manteve contato com autoridades locais e federais.

Ibaneis foi afastado de seu cargo de governador em 8 de janeiro, após a invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Na ocasião, Moraes afirmou que nada justificava a omissão e conivência de Ibaneis com criminosos que anunciaram a prática de atos violentos contra os Poderes constitucionais. Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal em 13 de janeiro, onde declarou que ficou surpreso com a falta da resistência exigida pela gravidade da situação por parte da Polícia Militar do DF.

Líder de 8/1 passou quatro anos atacando a democracia, diz Cappelli

Ricardo Cappelli, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Cappelli, que também foi interventor federal na segurança do Distrito Federal, afirmou nas redes sociais que o responsável pelos atos antidemocráticos passou “4 anos atacando as instituições”. Durante a intervenção, que durou desde o dia seguinte aos ataques até o fim do mês de janeiro, Cappelli foi responsável por reorganizar a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) após os atos de 8 de janeiro. Ao Metrópoles, Cappelli avaliou que a função da intervenção foi “totalmente cumprida”.

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