O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou na terça-feira (9/5) que irá oferecer os serviços do Brasil como intermediário para solucionar o conflito na Ucrânia durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, que acontece entre os dias 20 e 21 de maio.
Durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, Lula ressaltou que “a continuação da guerra só vai causar mais mortes. Portanto, precisamos encontrar alguém que seja capaz de discutir a paz, e o Brasil está pronto para isso”. O líder brasileiro ainda afirmou que já discutiu o assunto com líderes como o presidente chinês e o primeiro-ministro britânico, e pretende levantar a questão com outros líderes durante a cúpula do G7.
Lula destacou que a situação na Ucrânia, a energia, o combate às mudanças climáticas, o desenvolvimento econômico e o combate ao desemprego estarão na pauta da reunião do G7 em Hiroshima. Ele ainda afirmou que recebeu diversos pedidos de reuniões bilaterais e está confiante de que a questão ucraniana será levantada em todas essas reuniões.
Enquanto todos os lados envolvidos no conflito têm seus argumentos, o presidente Lula acredita que é hora de adotar a diplomacia e não a guerra. Ele afirmou que a Ucrânia está resistindo ao que chamou de “ocupação inaceitável de seu território”, a UE tem seus argumentos e o Brasil e outros países têm suas razões para tentar chegar a um acordo. Lula ainda lembrou que o Brasil condenou “a invasão militar russa” em votação na ONU.
Além disso, Lula propôs o desenvolvimento de um novo formato internacional para um possível diálogo entre a Rússia e a Ucrânia, dizendo que está pronto para mediar qualquer negociação direta entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky. O mandatário brasileiro chamou a Rússia de garante de uma paz global duradoura.
O presidente Lula também tratou com o primeiro-ministro holandês sobre o meio ambiente e a necessidade de somarmos esforços para proteção da Amazônia, as relações entre União Europeia e Mercosul e a compra de 5 aeronaves da Embraer pela Holanda.
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