O movimento anti-vacina é uma triste realidade por todo o mundo. São pessoas ligadas à extrema-direita que difundem informações falsas afirmando que as vacinas fazem mal e não previnem doenças. Eles chegam a dizer que as vacinas são uma forma de controle da sociedade sobre o indivíduo. “Coisa de esquerdista”, dizem.

Por tudo isso, não foi surpresa quando o presidente Bolsonaro, que é “o pior governante do mundo contra a covid”, como disse Felipe Neto, fez uma declaração desencorajando as pessoas a tomarem a vacina contra o Coronavírus.

Bolsonaro disse: “Ninguém é obrigado a tomar a vacina.” A fala foi reproduzida pela Secretaria de Comunicação da Presidência, a Secom. Confira:

O Governo do Brasil investiu bilhões de reais para salvar vidas e preservar empregos. Estabeleceu parceria e investirá na produção de vacina. Recursos para estados e municípios, saúde, economia, TUDO será feito, mas impor obrigações definitivamente não está nos planos. ????? pic.twitter.com/CpaTqK620v

— SecomVc (@secomvc) September 1, 2020

Se fosse dita por um cidadão comum, a frase soaria normal, um exercício da individualidade, ainda que imbecil. Dita pelo presidente, a declaração é vista como um incentivo ao movimento anti vacina. E, se muita gente não se vacinar, o Coronavírus continuará circulando e matando milhares de brasileiros.

Como reação a tudo isso, os internautas estão usando a tag #VacinaÉAmorAoPróximo, como forma de enfatizar o sentido coletivo da vacinação. Confira:

Vacina é um direito, também é um dever de todo cidadão e é saúde pública. Não faz bem só pra quem toma, mas pra todos que estão ao redor. #VacinaÉAmorAoPróximo

— Bruno Braga (@brunobragac_) September 2, 2020

Bom dia! Doenças foram erradicadas por conta de vacinas e hoje por não querem tomar elas, doenças como Sarampo, Poliomielite, Difteria e Rubéola podem voltar.

Quando sair a do COVID-19 (testada e aprovada) tome! Não só por você, mas por quem você ama! ?#VacinaÉAmorAoPróximo

— Filipe Carvalho (@eufilipecarvalh) September 2, 2020

Nesta terça-feira, 1° de setembro, o Brasil registrou 1.215 mortes por Covid-19. Algumas dessas mortes seriam inevitáveis, mas quantas delas são resultado direto da irresponsabilidade do presidente Bolsonaro e da extrema-direita?

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Esmael Morais

Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.