Haddad foi bem no Roda Viva, mas os entrevistadores foram uma tragédia

O ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad (PT) merece elogios pela participação na entrevista do programa Roda Viva, na TV Cultura, mas não se pode dizer o mesmo dos entrevistadores, em especial da jornalista Vera Magalhães.

Vera deixou transparecer todo seu ódio visceral em relação ao ex-presidente Lula e o PT, típico trejeito de militante fundamentalista do neoliberalismo.

Quanto ao entrevistado, ‘Haddad foi Haddad na atração’, avaliou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). “Foi muita injustiça quando a direita tentou pintar o Haddad como radical. Vejam o grau de moderação que apresenta…”, disse.

Não houve uma única pergunta da bancada de jornalistas sobre a economia brasileira, sobre o que pensam o PT e Haddad para os milhões de brasileiros que mergulham no desemprego e na miséria nesses tempos de Covid-19.

“Haddad vai bem na Roda Viva”, elogiou o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), contumaz crítico do ex-prefeito de São Paulo.

Mas houve momentos de altruísmo de Fernando Haddad, mostrando que ele é um homem de valor, apesar da insuficiência dos entrevistadores: “sou o brasileiro vivo que mais tempo passou à frente do MEC. Como é que caem três ministros da Educação e eu não sou chamado para opinar sobre isso?”

Economia

Embora Haddad tenha se virado bem, os entrevistadores foram mal no Roda Viva porque “choveram no molhado” ao circunscrever os problemas do Brasil numa figura desprezível que é Jair Bolsonaro.

“Eu acho que o Bolsonaro é um governo de tipo fascista. É uma questão de método: o Bolsonaro tem um método muito parecido com a comunicação de massa do fascismo”, concordou o petista.

O diabo é que faz Bolsonaro e seu “Posto Ipiranga” na economia popular brasileira não mereceu atenção.

Note o caríssimo leitor que algumas horas antes da entrevista, Bolsonaro sancionou a MP 936 que reduz a jornada de trabalho e os salários; privatizações continuam aceleradas; tudo isso sem que tivesse havido uma pergunta de peso sobre economia.

Aliás, o que pensa Fernando Haddad e o PT sobre o Banco Central Independente?

Reveja a íntegra da entrevista [vídeo]

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[URGENTE] Bolsonaro está com sintomas de Covid-19; exame teria dado positivo

Publicado em 6 julho, 2020

 

**Segundo apurações do jornalista Cláudio Humberto, da rádio Bandeirantes, o teste de #COVID19 de Jair Bolsonaro teve resultado POSITIVO.**

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta segunda-feira (6) à CNN que está com sintomas de Covid-19.

Bolsonaro, que completou 65 anos em março, disse que está com 38°C de febre e 96% de taxa de oxigenação no sangue, e contou que está tomando hidroxicloroquina. Por causa dos sintomas, a agenda do presidente para o restante da semana está cancelada.

O presidente já fez um teste para Covid-19 no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. O resultado do exame deve sair por volta do meio-dia desta terça-feira (7).

Bolsonaro também informou à CNN que fez também uma ressonância magnética dos pulmões. De acordo com o presidente, este exame não identificou problemas.

Por volta das 18h de hoje (horário de Brasília), mantendo um hábito praticamente diário, Bolsonaro se encontrou com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Ele estava usando máscara.

“Eu vim do hospital agora, eu fiz uma chapa no pulmão. Está limpo o pulmão. Está tudo bem”, disse Bolsonaro aos apoiadores. A declaração foi transmitida pelo canal do YouTube Foco do Brasil.

Mais cedo hoje, a CNN noticiou que a avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, está internada desde quarta-feira (1º) com Covid-19.

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Em maio, Bolsonaro entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) documentos segundo os quais três testes para Covid-19 feitos em março deram resultado negativo. O presidente entregou os exames depois de o jornal O Estado de S. Paulo ter entrado na Justiça para obter os resultados.

Mais cedo hoje, Bolsonaro ampliou os vetos ao projeto de lei que prevê o uso obrigatório de máscaras de proteção facial. O presidente vetou o uso obrigatório de máscaras em prisões e estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas, assim como a necessidade de que estabelecimentos em funcionamento durante a pandemia precisem “afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do estabelecimento”.

Bolsonaro já chamou a Covid-19 de “gripezinha”. Em pronunciamento à nação no fim de março, o presidente disse que tinha “histórico de atleta” e, por isso, não precisaria se preocupar caso tivesse contraído o novo coronavírus.

O presidente também é um defensor do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apesar de ainda não haver comprovação científica da eficácia do medicamento contra a doença provocada pelo novo coronavírus. Mesmo assim, em maio, o Ministério da Saúde passou a autorizar o uso do remédio para casos leves de Covid-19.

No sábado (4), a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a interrupção dos testes com hidroxicloroquina, alegando que o medicamento produziu “pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com Covid-19 hospitalizados quando comparados ao padrão de atendimento”.

Na sexta (3), veio a público um estudo americano que apresentou resultados positivos para o uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19. O método da pesquisa, no entanto, foi alvo de críticas nos Estados Unidos.

Nesta segunda, o Brasil ultrapassou o total de 65 mil pessoas mortas pela Covid-19, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O número de casos confirmados no país chegou a 1.623.284. O governo estima que 927.292 pessoas já tenham se recuperado da doença.

As informações são da CNN Brasil