Se mentir cresce o nariz, coitado do presidente Jair Bolsonaro.
Nada mais nada menos que 20 dos vinte e sete governadores do País assinaram um documento no domingo (19/09) desmentindo Bolsonaro na questão dos preços abusivos dos combustíveis.
“Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período”, afirmam os governadores, num trecho da carta.
“Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, concluíram os governadores.
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), aliado de Bolsonaro, não subscreveu do documento desmentindo o presidente da República. Também torceu o nariz para os colegas o govenador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSC).
Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), surpreendeu ao assinar o documento. Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o tucano baixou de 30% par 25% o ICMS no estado, mas isso foi entendido como “fraqueza” e cessão à pressão de Bolsonaro.
Os governadores Flávio Dino (PSB), do Maranhão, e João Doria (PSDB), de São Paulo, assumiram a linha de frente para desmentir Bolsonaro.
Na guerra da gasolina e do ICMS, Jair Bolsonaro sempre faz uma vítima: a verdade.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.