Fui censurado pela Globo até em show de cego, denuncia Requião [vídeo]

Lamentavelmente, a história de censura e manipulação midiática continua a ser um capítulo sombrio na relação entre a afiliada da TV Globo, RPC, e o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT).

[Abaixo, você assistir o vídeo com o protesto de Requião.]

Este episódio, que remonta a mais de duas décadas atrás, ganha nova vida e relevância nos debates sobre a regulamentação da mídia, especialmente quando se trata de concessionárias de comunicação pública.

A alegação de Requião é clara e incisiva.

Ele afirma que foi o homenageado principal do grupo “Vozes de Angola” durante o espetáculo “Twapandula”, que, curiosamente, significa “obrigado” na língua angolana.

No entanto, a TV Globo teria utilizado imagens da assessoria do deputado Requião Filho (PT) durante o evento, na quinta-feira (21/9), omitindo a presença do ex-governador de 83 anos.

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Essa ação suscita dúvidas sobre os critérios de seleção e edição da emissora.

A história por trás desse evento é digna de nota.

Os “meninos de Angola”, como são conhecidos, são jovens cegos refugiados da guerra em Angola.

Eles encontraram abrigo e apoio no Paraná, graças ao empenho e auxílio do então governador Roberto Requião.

O governador não apenas os acolheu, mas também impediu a repatriação desses jovens talentosos que sonhavam em melhorar suas vidas e contribuir para o futuro de seu país natal.

O gesto de Requião não parou por aí.

Ele propôs à Assembleia Legislativa do Paraná a criação de um fundo para garantir que esses jovens pudessem estudar e se desenvolver plenamente.

Hoje, esses meninos, agora homens, têm histórias de sucesso para contar.

Alguns deles obtiveram doutorados e percorreram um caminho notável, de acordo com relato de Requião.

No entanto, o evento que deveria celebrar essa jornada de superação foi ofuscado pela falta de transparência e censura da TV Globo.

A homenagem prestada a Roberto Requião.

A emissora aproveitou as imagens do gabinete do filho de Requião, que citavam uma justa homenagem à repórter Dulcineia Novaes, porém a RPC/Globo censurou o ex-governador.

Isso levanta sérias questões sobre a imparcialidade da mídia concessionada e seu compromisso com a integridade jornalística.

A atitude da Globo neste episódio ressalta a importância de debater a regulamentação da mídia concedida pelo poder público.

A mídia não pode permanecer nas mãos de grupos econômicos vinculados ao capital financeiro, alega Roberto Requião.

Essa censura nada sutil e a manipulação da narrativa são sintomáticas de um problema maior, onde interesses comerciais podem prevalecer sobre o dever da mídia de informar de maneira justa e precisa.

Portanto, a história de Roberto Requião e os “meninos de Angola” serve como um lembrete vívido da necessidade de uma mídia verdadeiramente independente e comprometida com os valores democráticos.

Em um mundo onde a informação é um ativo precioso, a transparência e a honestidade devem ser os pilares fundamentais de qualquer meio de comunicação.

Afinal, a verdade é o maior ativo de qualquer nação democrática.

“Eu queria dizer com clareza o que é a Globo. A Globo é alimentada com dinheiro do governo federal. O governo federal faz está esquecendo a mídia alternativa que ajudou a eleição do Lula, mas está subsidiando pesadamente a Globo. Mais um erro do nosso governo. Mas de qualquer forma, isso serve para vocês entenderem o que é a Globo, como ela se comporta, como é a censura que ela realiza. Já na época que era governador, eu era proibido de aparecer lá. Eles não querem nacionalista, não querem ninguém a favor do povo. O que eles querem é dinheiro público e servir ao capital financeiro à desnacionalização do Brasil”, denunciou Requião.

Assista o vídeo: Globo censura Requião até em show de cego

Os “meninos de Angola”, como são conhecidos, são jovens cegos refugiados da guerra em Angola.

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