Extrema direita judaica ganha em Israel e Netanyahu volta ao poder em governo mais religioso

O líder do Likud, Benjamin Netanyahu, e seus aliados de direita conquistaram uma maioria decisiva na eleição de Israel, mostra uma contagem final de votos na quinta-feira. O partido de esquerda Meretz estava a apenas alguns milhares de votos para chegar ao próximo Knesset, encerrando uma era de três décadas de representação política.

[O Meretz é o partido sionista mais à esquerda em Israel e é um defensor da solução de dois Estados, qual seja, a coexistência pacífica, bem como a cidade de Jerusalém como a capital de palestinos e israelenses.]

O Likud ganhou 32 assentos, enquanto o Yesh Atid do primeiro-ministro Yair Lapid é o segundo maior partido com 24 assentos, seguido pelo Sionismo Religioso de extrema-direita – liderado por Bezalel Smotrich e o parlamentar kahanista Itamar Ben-Gvir – que ganhou 14 assentos.

Os prováveis ​​parceiros de coalizão de Netanyahu, Shas e United Torah Judaism, ganharam 11 e sete cadeiras, respectivamente.

A Unidade Nacional do Ministro da Defesa Benny Gantz ganhou 12 assentos e o Ministro das Finanças Avigdor Lieberman obteve seis assentos.

Os partidos de maioria árabe Hadash-Ta’al e United Arab List têm cinco cadeiras cada.

Economia

O Partido Trabalhista, que já foi um partido no poder em Israel, está pouco acima do limite eleitoral de 3,25% com quatro cadeiras.

O partido nacionalista árabe Balad e o Habayit Hayehudi de Ayelet Shaked não conseguiram chegar ao Knesset.

A pergunda que se faz é se Israel tornará uma teocracia porque os partidos religiosos são os maiores vencedores das eleições.

Segundo analistas, Israel está prestes a ter seu governo mais religioso de todos os tempos, o que significa que as demandas Haredi e Ortodoxa provavelmente serão uma das principais prioridades da nova coalizão Netanyahu – deixando as reformas anteriores sob ameaça.

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