- O Blog do Esmael propõe às forças vivas da sociedade paranaense a retomada do Fórum Popular Contra a Venda da Copel
O governador Ratinho Junior pediu para acelerar os estudos para privatizar a Companhia Paranaense de Energia, a Copel, porque sabe que no governo Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de janeiro de 2023, a liquidação do patrimônio público será mais difícil.
O Palácio Iguaçu disseminou que pretende ainda este ano a privatização da estratégica companhia energética e da empresa de saneamento de água e esgoto, a Sanepar. As duas empresas são superavitárias, dão lucro, e são fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado – além de proporcionar negócios aos empreendimentos e conforto às famílias.
A Copel teve lucro de R$ 5 bilhões no ano de 2021, no entanto, o governo do Paraná distribuiu esse dividendo para sócios minoritários. Esse dinheiro poderia ter sido empregado para aparelhar melhor a educação e os serviços públicos.
Em 2024, termina a concessão federal para da Copel operar. Uma das possibilidades seria o governo Lula encampanhar a companhia para evitar sua privatização.
Na última segunda-feira, 31 de outubro, Ratinho Junior enviou um ofício à Copel comunicando que “foi solicitado informações técnicas a fim de subsidiar modelo para potencial operação no mercado de capitais em que se otimize o investimento do Estado do Paraná na Copel, preservando participação societária relevante do Estado na Companhia.”
Note que participação societária “relevante” é diferente de participação “majoritária”, tal qual é hoje a do Governo do Paraná.
Por sua vez, a companhia energética tabelou com Ratinho Junior afirmando que a adoção de eventual modelo, a depender dos estudos que serão realizados para este fim, estará sujeita a determinadas aprovações, de acordo com a lei e os regulamentos aplicáveis.
A Copel é nossa! Não deixe vender!
O Blog do Esmael propõe às forças vivas da sociedade paranaense a retomada do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, criado no ano de 2000 para impedir que o então governador Jaime Lerner liquidasse a estatal energética.
Na época, 421 entidades da sociedade civil se uniram em torno de um movimento plural, multidisciplinar e suprapartidário para defender a empresa de energia fundada em 1954 no governo de Bento Munhoz da Rocha Netto.
Vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, clubes de serviço, igrejas católica e evangélica, sindicatos de trabalhadores e patronais, partidos políticos, maçonaria, terreros de umbanda, conselhos profissionais, educadores, instituições de ensino, movimentos estudantis e de bairros, enfim, todos os atores sociais são bem-vindos nessa luta contra a venda da Copel e em defesa do patrimônio de todos os paranaenses.
Nos próximos dias, o Blog do Esmael vai delinear e divulgar mais destalhes dessa campanha depois de ouvir os segmentos acima citados.
A Copel é nossa, não deixe Ratinho Junior vender!
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