Eu já sabia: Banco Central mantém taxa de juros em 13,75% e contraria o presidente Lula

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter, nesta quarta-feira (03/05), a taxa Selic em 13,75% ao ano, que está no mesmo patamar desde agosto de 2022. Esta é a terceira reunião do Copom durante o governo Lula e a sexta vez seguida em que o comitê decide pela manutenção da taxa, um resultado já esperado pelo mercado. Eu também já sabia.

No entanto, o presidente Lula e ministros do governo continuam criticando o patamar da Selic, argumentando que ela inibe o crescimento da economia. Durante o primeiro dia de reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o BC poderia iniciar o processo de corte dos juros básicos da economia nesta semana. Mas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem defendido que o Copom atua de forma técnica para buscar o atingimento das metas de inflação.

“Quanto já custou ao país o negacionismo econômico de Campos Neto? Quantos empregos, empresas falidas, famílias destruídas? A vacina sempre esteve ao alcance do Copom, mas insistem nos juros genocidas. Até quando ficarão impunes?”, criticou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT.

Campos Neto e BC comunicaram que não descartam aumento na taxa de juros em um futuro próximo, caso haja necessidade de ajuste.

A Selic é a taxa básica de juros da economia, utilizada pelo BC para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Já a meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Apesar das pressões do governo, o Banco Central tem reafirmado seu compromisso com o controle da inflação e a manutenção da estabilidade econômica. Resta saber como a economia brasileira será impactada com a manutenção da Selic em um patamar elevado.

Economia

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