Os deputados Requião Filho (PT) e Arilson Chiorato (PT), líder e vice-líder da Oposição na Assembleia Legislativa (Alep), nesta quarta-feira (14/6), têm um importante encontro agendado em Brasília com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O tema central das discussões será a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) pelo governo estadual. O objetivo dos parlamentares é mobilizar o governo federal para que tome medidas mais contundentes contra a venda dessa estatal paranaense.
Durante a reunião, os deputados apresentarão um abaixo-assinado com mais de 50 mil assinaturas de paranaenses contrários à privatização da Copel, uma empresa pública que foi fundada há 70 anos e atualmente atende cerca de 5 milhões de unidades consumidoras.
Requião Filho enfatiza a importância de deter a venda da Copel a qualquer custo, ressaltando a necessidade de pressionar o governo para que reavalie sua posição. Ele destaca que o governo federal deve demonstrar respeito e cuidado para com o Paraná nessa questão crucial.
O deputado afirma que a privatização da Copel é um ultraje ao povo paranaense, pois resultará em aumentos nas tarifas e redução dos investimentos, o que dificultará a expansão das conexões em áreas mais remotas. Isso terá impactos negativos no setor agropecuário, nas indústrias, nas empresas e nas famílias do Paraná.
Além do encontro com Haddad, marcado para as 17h, Requião Filho e Arilson Chiorato também planejam se reunir no mesmo horário com o ministro Márcio Macedo, da secretaria-geral da Presidência da República. Os parlamentares têm a intenção de apresentar aos ministros, além de dados técnicos, evidências que comprovam os riscos da privatização da Copel, uma empresa que se destaca por sua eficiência e lucratividade. Márcio Macedo também receberá uma cópia do abaixo-assinado contendo mais de 50 mil assinaturas em repúdio à venda da empresa energética.
Os deputados estarão acompanhados por 50 membros da Frente Popular e Democrática em Defesa da Copel Pública, um movimento plural e suprapartidário composto por funcionários da empresa, sindicatos, movimentos sociais, partidos políticos, parlamentares, igrejas, clubes de serviço, autarquias federais e federações de trabalhadores e patronais. Essa ampla mobilização representa o interesse do povo paranaense.
Nas redes sociais, a Frente Popular e Democrática em Defesa da Copel Pública tem intensificado as denúncias contra a chamada “Bancada do Apagão”, formada por deputados estaduais que votaram a favor da autorização para a venda da empresa de energia em novembro de 2022.
Outra ação de destaque é a participação do movimento nas audiências públicas organizadas pela Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas, colegiado coordenado pelo deputado Arilson Chiorato. Após reuniões em Francisco Beltrão e Cascavel, agora chegou a vez de Londrina debater os efeitos negativos na economia do Paraná decorrentes da privatização da Copel. O evento acontecerá neste sábado (17/6), às 8h30, na Câmara de Vereadores da cidade.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.