Os argentinos consideram as eleições de domingo (22/10) as mais acirradas em 40 anos, embora eles tenham dado vitória no primeiro turno ao peronista Sérgio Massa, surpreendendo o candidato da extrema direta Javier Milei.
O desempenho de Sérgio Massa, atual ministro da Economia, despertou a ira de correligionários de Javier Milei.
Apoiados por teses bolsonaristas, visando deslegitimar os resultados nas urnas, eles afirmaram nos comitês de campanha do ultradireitista que o resultado “é uma fraude”, no entanto, os extremistas não apresentaram evidências concretas.
Pelos resultados na apuração, deu certo a estratégia de Massa ao vincular o voto em Milei a uma ameaça à democracia.
Nesse sentido, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho zero três do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ajudou bastante na estratégia vencedora de Sérgio Massa.
Eduardo, também chamando de “Bananinha” pelos políticos, foi tirado do ar enquanto defendia numa entrevista que os cidadãos argentinos portassem armas de fogo.
Ou seja, o filho de Bolsonaro teve seu dia de Carla Zambelli na Argentina.
No segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, no Brasil, Zambelli saiu com arma de fogo em punho perseguindo um homem preto pelas ruas de São Paulo.
As imagens da deputada bolsonarista chocaram o país e as mães de jovens nas periferias viram “seu filho” nessa implacável caçada perpetrada por uma mulher branca extremista.
Não foi diferente na Argentina durante o primeiro turno, quando, abruptamente, Eduardo Bolsonaro foi sacado da entrevista ao vivo para o canal de televisão C5N, após defender que os argentinos se armem e façam da política um bang-bang.
A bancada de jornalistas rebateu a fala de Eduardo Bolsonaro imediatamente:
“Demasiadamente generosa a Argentina para receber esse tipo de gente, não?”, afirmou um jornalista que conduzia a cobertura eleitoral ao vivo.
“Por isso que seu pai foi sacado do poder pelos brasileiros, por sorte”, emendou o primeiro jornalista, dando fim à entrevista com o filho de Bolsonaro.
Portanto, foi assim que Eduardo Bolsonaro ajudou o peronista Sérgio Massa vencer a extrema direita na Argentina.
Talvez Milei não queira o “Bananinha” por perto no segundo turno.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Aprenderam com os Bozalóides duas coisas. A primeira a mentir e negar as urnas e não apresentar provas de suas falas, a segunda que os Bozos são traíras. Espero que os argentinos tenham o Brasil como espelho de colocar um extremista porra louca no poder, vai ser pior que no Brasil. Dos piores, que seja o menos pior para vocês. E aprendam, o que a família Bolsonaro fala não se leva a sério e nem se escreve.