Celso de Mello obriga depoimento pessoal de Bolsonaro

A chapa esquentou para o presidente Jair Bolsonaro que, por determinação do ministro do STF Celso de Mello, terá de depor pessoalmente no sobre a interferência nas investigações da Polícia Federal.

A bronca envolvendo Bolsonaro começou com as acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, segundo qual o presidente pressionava para interferir nos rumos das investigações da PF.

Moro saiu do cargo de ministro atirando contra o chefe, isto é, Bolsonaro, no dia 28 de abril. O inquérito no Supremo Tribunal Federal foi instaurado no início de maio.

Celso de Mello, em sua decisão que veio à baila nesta sexta-feira (11), negou ao presidente Jair Bolsonaro a prerrogativa processual de depor por escrito que, em seu favor, havia sido requerida pelo procurador-Geral da República, Augusto Aras.

O ministro do STF também autorizou que Moro acompanhe pessoalmente o interrogatório, podendo inclusive fazer perguntas ao presidente Bolsonaro. Ou seja, poderá haver uma espécie de acareação entre as partes.

A decisão do decano estava pronta desde 18 de agosto, porém foi adiada sua execução devido o inesperado internamento de Celso de Mello.

Economia

Clique aqui para ler a íntegra da decisão de Celso de Mello, que determina o depoimento pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

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    O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), ao comentar a prisão decretada da filha de Roberto Jefferson, nesta sexta-feira (11), afirmou no Twitter que “amanhã” será vez do filho presidente Jair Bolsonaro ter o mesmo destino.

    “Amanhã será o do Bolsonaro. Aguarde, Flávio”, previu de forma lacônica, se referindo ao senador Flávio Bolsonaro (Repúblicanos-RJ).

    De acordo com o tuíte do parlamentar do PSOL, os bolsonaristas se encontram na tênue linha entre o ódio e o crime.

    “Cristiane Brasil, filha do corrupto Roberto Jefferson, tem a prisão decretada” disse Valente, para então observar: “Os bolsonaristas se encontram no ódio e no crime.”

    Ivan Valente arrematou com uma previsão bombástica: “Hoje foi a filha de Jefferson. Amanhã será o do Bolsonaro. Aguarde, Flávio.”