Ivan Valente: ‘Moro e Bolsonaro são feitos da mesma argamassa: a dos canalhas!’

O deputado federal Ivan Valente, (PSOL-SP) usou suas redes sociais para criticar a entrevista do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao programa Fantástico, da TV Globo.

Para o deputado do PSOL, Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “são feitos da mesma argamassa: a dos canalhas!”.

“Fantástico. Moro, perguntado por que se calou sobre as barbaridades da reunião, disse que estava desconfortável, mas não arrependido de ter participado do governo Bolsonaro. Não pode dizer por que se calou durante um ano e meio. Ele e Bolsonaro são feitos da mesma argamassa: a dos canalhas!”, escreveu Ivan Valente no Twitter.

Na entrevista exibida no Fantástico deste domingo (24), Moro foi cobrado por ter ficado em silêncio durante a maior parte da reunião ministerial de 22 de abril. No encontro de cerca de duas horas, o então ministro falou apenas alguns minutos e ficou quase o tempo todo de braços cruzados.

“O ambiente ali não era favorável ao contraditório”, justificou Moro. Ele disse que não reagiu diante de falas do presidente que considerou serem sobre interferência na Polícia Federal porque tinha uma reunião com Bolsonaro sobre o assunto, onde “seria mais apropriado” falar.

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Questionado sobre as falas dos ministros Abraham Weintraub (Educação), contra o Supremo Tribunal Federal, e de Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre afrouxamento da legislação ambiental, Moro disse: “Eu não sou o presidente da reunião. Eu não estava confortável. Eu me sentia incomodado em vários momentos. Eu estava no governo e tinha limitações do que podia externar publicamente”.

Sobre o fato de ter aceitado fazer parte do governo mesmo sabendo do histórico dos 30 anos de Bolsonaro como deputado, o ex-ministro disse que aceitou o cargo por entender que “tinha uma missão” e que não se arrepende.

“Eu fiz uma escolha clara, que, na época, estava justificada. E fiz uma escolha agora, também clara, quando saí”, alegando que Bolsonaro não deu espaço para a agenda do combate à corrupção, que seria o seu objetivo.

Com informações da Revista Fórum.