Caso MoroGate: Sergio Moro ataca Lula enquanto defende acordo de leninência anulado com a Odebrecht

O senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR), em um caso de vitupério, atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem comparou ao líder russo Josef Stalin, e defendeu o acordo de leninência com a Odebrecht – anulado recentemente pelo ministro do STF Dias Toffoli.

Ironicamente, Sergio Moro é identificado como “russo” nas conversas da Vaza Jato – apreendidas pela Operação Spoofing – que fundamentaram anulação de decisões da ilegais do ex-juiz e da força-tarefa de Curitiba.

Em entrevista à Folha, Moro afirmou que as investigações do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no caso MoroGate é revanchismo do presidente Lula, colocando o corregedor nacional do Justiça, Luis Felipe Salomão, e Dias Toffoli, no balaio petista.

Nessa entrevista, Moro atribuiu a “fofocas” os rumores de que o TRE-PR se prepara para o julgamento que pode cassar o seu mandato de senador por caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, alvo fato novo, planeja iniciar o julgamento de Moro no próximo dia 27 de novembro.

O ex-juiz da Lava Jato sugere em suas declarações que Lula estaria buscando retaliar aqueles que o investigaram no passado, no entanto, é Sergio Moro quem busca uma blindagem eterna para que não se investigue que ele e seus parceiros de força-tarefa fizeram no verão passado.

Economia

No processo de invesitação a magistrados que atuaram na finada Lava Jato, Dias Toffoli compartilhou informações entre órgãos de controle, como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), e o Ministério Público Federal (MPF).

Na terça-feira (26/9), a Odebrecht pediu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, para continuar usufruindo dos direitos e das garantias previstos em seu acordo de leniência, apesar da recente invalidação das provas obtidas por meio dele.

A preocupação da empresa, agora conhecida como Novonor desde 2020, com os desdobramentos dessa decisão é compreensível.

A anulação das provas obtidas por meio do sistema Drousys e My Web Day B, devido a quebras na cadeia de custódia no manuseio do material, levanta sérias questões sobre a continuidade dos benefícios acordados.

A empresa argumenta que não tem responsabilidade pelas irregularidades que levaram a essa anulação, uma vez que tais fatos ocorreram antes da celebração do acordo de leniência e envolveram cooperação internacional fora dos canais oficiais.

No entanto, além das irregularidades nas provas anuladas, a Odebrecht teme perder as imunidades civis e criminais concedidas a cerca de 70 executivos da empresa – embora a Lava Jato não tivesse competência em matérias civis.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já anunciou a intenção de revisar os processos nos quais as sanções à empresa estavam suspensas graças ao acordo de leniência, levantando a possibilidade de que tais sanções sejam, enfim, executadas.

O Ministério Público junto ao TCU também pediu ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) que não invalide tributos e multas relacionados à operação Lava Jato sem uma análise prévia pelo órgão de contas.

Impávidos, Dias Toffoli e Salomão, estão determinados a seguir o dinheiro arrecadado com multas e acordos de leniência.

Os ministros suspeitam que a “gestão caótica” na Lava Jato levou a uma fantástica triangulação de recursos públicos, o que é objeto da investigação pelo CNJ, não a suposta devolução de dinheiro para a Petrobras.

O caso MoroGate promete lances dignos de roteiro de cinema, no entanto, são enredos da vida real que podem ter lesado os cofres públicos como jamais visto na história desse país.

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Uma resposta para “Caso MoroGate: Sergio Moro ataca Lula enquanto defende acordo de leninência anulado com a Odebrecht”

  1. Só tenho um recado para o Sr. Moro, NÃO SEJA COVARDE como seu parceiro Bolsonaro, que na hora que a corda aperta, dá caganeira e vai se internar em alguns hospital e ficar postando imagens fakes de sua situação de saúde. Seja macho como foi o Presidente Lula e aceite seu destino. O mesmo que você e Deltan deram a ele antes das eleições de 2018 para beneficiar a extrema direita. Agora paga o que deve e cumpra seu destino. Se tem algo que você ainda pode apresentar a sociedade paranaense que acreditou em suas mentiras. É dignidade e perdão de desculpas ao povo paranaense.

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