Você leu em primeira mão no Blog do Esmael, no dia 5 deste mês, que o ex-deputado Deltan Dallagnol, cassado pelo TSE, vai se filiar ao Novo.
A novidade é que o Novo vai alterar o estatuto para receber o ex-procurador da Lava Jato e não perder o fundo partidário.
Pelo contrário.
Segundo a gremição, o ex-procurador Deltan Dallagnol encontrou ombros amigos ali, e será o influencer da legenda nas redes sociais, qual seja, ele seria recebido para angariar apoios e influenciar eleitores.
Especialistas em direito eleitoral questionam a filiação do ex-procurador ao Novo, no entanto, a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) faculta a filiação a qualquer eleitor que estiver em pleno gozo de seus direitos políticos pode se filiar a um partido político.
Dito isso, a filiação de uma pessoa inelegível a um partido político não lhe confere o direito de concorrer a um cargo público.
É aí que entra a esposa de Deltan Dallagnol.
A empresária e advogada Fernanda Dallagnol seria a “arma secreta” do ex-procurador para concorrer à Prefeitura de Curitiba.
Ela também se filiaria no Novo com o intuito de desbancar o grupo político de Rafael Greca e Ratinho Junior, ambos do PSD, do Palácio 29 de Março, sede do executivo municipal na capital paranaense.
Além dos Dallagnol, os Moro também estão sendo chamados a ingressar no Novo.
O senador e ex-juiz Sergio Moro, hoje no União Brasil pelo Paraná, foi convidado para ingressar no Novo.
O parlamentar titubeia porque a esposa dele, Janja Moro, é deputada pelo União Brasil de São Paulo.
Ela teria de esperar a “janela da infidelidade” para deixar o União, que será aberta entre 3 de março e 1º de abril de 2026.
Sergio Moro ainda enfrentará dia 27 de novembro o julgamento de duas ações no TRE-PR que pedem a sua cassação por caixa dois e abuso de poder econômico.
Se Moro for defenestrado, como esperaram a frente política e a comunidade jurídica, haverá eleição suplementar para o Senado no Paraná.
Nesse cenário, ao menos 10 pré-candidatos se apresentam ao Senado: Paulo Martins (PL); Alvaro Dias (PODE); Sergio Souza (MDB); Gleisi Hoffmann, Roberto Requião, Zeca Dirceu, Requião Filho, pelo PT; Ricardo Barros (PP); Ney Leprevost (União); e Osmar Dias (PDT).
Caso seja cassado, Sergio Moro ainda estuda o nome da própria esposa, Janja Moro, para concorrer à própria sucessão ao Senado.
Ela não precisaria renunciar ao cargo de deputada federal por SP.
Janja Moro, a primeira-dama do lavajatistimo, também foi sondada para concorrer à Prefeitura de Curitiba.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Estes caras quando o TRE-Pr caçar o mandato do Moro a festa acaba e o TSE homologar a farra acabou. Este dois já deveriam estar respondendo pelos crimes cometidos.
Só complementando o comentário. A “Janja” Moro, não foi eleita Deputada Federal por São Paulo, como o picareta do Moro quer ver ela ocupando o cargo dele de Senador pelo Paraná? Alguém pode explicar esta maracutáia do Moro, este aí nasceu um cara “inteligente”, mas, usa seus conhecimento para o MAU. Tem que serem todos defenestrados da vida política do Brasil. E que reze muito para o Presidente Lula não cumprir o prometido de “ferrar” com ele.