Cappelli explica a ação da Lava Jato, nesta quinta, no Congresso Nacional; entenda

Curto e grosso, o jornalista Ricardo Cappelli explicou a ação da Lava Jato no Congresso Nacional, nesta quinta-feira (19).

Tratou-se de uma busca e apreensão da Polícia Federal contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e seu filho, que é o deputado Fernando Bezerra Filho (DEM-PE).

Para o articulista, ação de hoje não teve a anuência da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que fora uma decisão solitária do ministro Luís Roberto Barroso, um dos lavajatistas no STF.

Cappeli afirma que a pirotecnia desta manhã foi uma resposta da força-tarefa Lava Jato ao Congresso, que votou a lei do abuso de autoridade e se prepara para instalar a CPI da Vaza Jato.

Por fim, além de ser uma demonstração de força no ministro Sérgio Moro na Polícia Federal, indicando que é ele quem manda na joça, Ricardo Cappelli analisa que o ex-juiz mandou um ‘abraço de urso’ ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao invadir o Congresso Nacional.

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Abaixo, a íntegra do texto:

Lava Jato reage: amigo urso na área…

Ricardo Cappelli *

Barroso (Lava Jato), ministro do STF, autorizou hoje a realização de buscas e apreensões em vários endereços envolvendo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho.

Consultada, a Procuradoria Geral da República se manifestou contra. Não há fato novo, nenhum ato contemporâneo que justifique a ação. É a típica coisa requentada.

Se a PGR foi contra e os fatos são antigos, por que Barroso atendeu o pedido da Polícia Federal contra o líder de Bolsonaro?

Elementar, meu caro Watson.

O Congresso votou a lei de abuso de autoridade contrariando os próceres da Lava Jato?

Bolsonaro ameaçou intervir na PF?

Flávio Bolsonaro atuou contra a CPI da Lava Toga, montada para tentar desmoralizar os arqui-inimigos Gilmar Mendes e Tofolli?

Barroso e Dalagnoll são próximos?

Moro está acuado? Quem manda na PF?

A apuração de supostos desvios nas obras de transposição do São Francisco são o pretexto do momento para o Partido da Lava Jato contra-atacar.

A cada dia que passa, fica mais claro. Existe uma organização política, comandada por funcionários públicos, incrustada no aparelho de Estado.

Cuidado presidente, teu “amigo urso” resolveu te mandar um abraço hoje.

*Ricardo Cappelli é jornalista e secretário de estado do Maranhão, cujo governo representa em Brasília. Foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) na gestão 1997-1999.