Bolsonaro perde apoio crucial dos caminhoneiros e ameaça manifestação na Paulista

A base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está enfrentando uma reviravolta surpreendente, com os caminhoneiros, que o idolatraram durante as eleições de 2018, agora se distanciando do capitão. A notícia, inicialmente reportada por O Globo, revela um cenário desfavorável para Bolsonaro, especialmente em relação à manifestação convocada por ele no final do mês, em São Paulo.

Segundo Lauro Jardim, colunista do Globo, os caminhoneiros, que desempenharam um papel crucial no apoio a Bolsonaro durante as eleições de 2018, agora estão hesitantes em aderir à manifestação convocada pelo ex-presidente. Wallace Landim Chorão, presidente da Abrava, afirma que a adesão não será generalizada e que a paralisação tão esperada não deve ocorrer.

Chorão aponta para a tentativa de parlamentares bolsonaristas de convencer os caminhoneiros através das redes sociais, mas destaca que, devido às condições climáticas e às atividades de colheita, a mobilização enfrenta resistência. O descontentamento é claro, mas a adesão massiva parece improvável neste momento.

A tentativa de convocar os caminhoneiros para a manifestação revela a pressão política exercida por setores bolsonaristas. A estratégia de usar os caminhoneiros como massa de manobra é denunciada por Chorão, que ressalta a falta de clima para uma paralisação geral. As condições climáticas e as demandas da colheita emergem como obstáculos práticos para a mobilização.

Zé Trovão na campanha de Bolsonaro
Zé Trovão e Oswaldo Eustáquio estudam participar da manifestação na Avenida Paulista.

Chorão, no entanto, não descarta a possibilidade de paralisações pontuais e desordeiras, caso ocorram. A liderança dos caminhoneiros enfatiza a necessidade de defender os direitos da categoria sem se submeter a bandeiras políticas.

A perda do respaldo dos caminhoneiros, outrora uma base para o ex-presidente, coloca em xeque a eficácia de sua convocação para a manifestação na Avenida Paulista.

Economia

Na semana passada, após ser alvo da Polícia Federal, Jair Bolsonaro convocou uma manifestação para o próximo dia 25 de fevereiro na Paulista, em São Paulo. O ex-presidente jura que será um protesto ordeiro a favor do Estado Democrático de Direito. Ele pediu para que seus apoiadores compareçam de verde a amarelo, repetindo a saga de Collor de Mello, em 1992, nas vésperas do impeachment.

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3 Respostas para “Bolsonaro perde apoio crucial dos caminhoneiros e ameaça manifestação na Paulista”

  1. Eu acho que o grande líder dos caminhoneiros podia ser bem sincero e dizer: “Pra que nós vamos paralisar alguma coisa, se para nós melhorou? A economia cresceu, o diesel caiu, a inflação caiu, os juros estão caindo, e vamos paralisar?” Simples assim…..

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