Bolsonaro: ‘Menos Médico’ para 60 milhões é decisão ‘humanitária’

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ao justificar que o ‘Menos Médico‘ para 60 milhões de brasileiros foi uma decisão ‘humanitária’, em favor dos médicos cubanos, fez uma declaração que seria bastante cômica, se não fosse uma tragédia anunciada.

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Para tapar sua cegueira ideológica, Bolsonaro disse que o fim do programa Mais Médicos tem razões humanitárias, para protegê-los do que considera “trabalho escravo” e preservar os serviços prestados à população brasileira.

O presidente eleito falta com a verdade porque, por razões humanitárias, também poderia suspender a contratação de médicos brasileiros por meio de obscuras OSs (organizações sociais).

Um contratado por OSs chega a custar até R$ 47 mil por mês, mas, efetivamente, o médico recebe na ponta apenas R$ 7 mil pela jornada mensal em algumas praças. ]

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Economia

Quer mais evidência de trabalho semiescravo do que este, debaixo do nariz?

Cerca de 4 mil municípios brasileiros dependem do Mais Médicos para levar assistência de saúde às suas populações. Em 1,5 mil cidades só há o médico cubano para atendimento, segundo associações de prefeitos que pediram a Bolsonaro a manutenção do programa.