Bolsonarista que matou tesoureiro do PT vai a júri popular; entenda o caso Marcelo Arruda

A defesa de Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), desistiu do recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Com isso, o caso segue para julgamento em júri popular. A decisão foi tomada pelos advogados do réu, que confiam na inocência de Guaranho e acreditam que ela será reconhecida na plenária do júri.

O réu é acusado de um crime que chocou a população de Foz do Iguaçu e o País no dia 10 de julho de 2022. Ele foi pronunciado pela Justiça e agora enfrentará o júri popular. A defesa de Guaranho argumentou que a decisão do juiz foi equivocada e, por isso, entrou com o recurso em sentido estrito. No entanto, optou por desistir do recurso, considerando o que dispõe o art. 574 do Código de Processo Penal.

Para a família da vítima, por meio do advogado Daniel Godoy Júnior, disse que espera justiça seja célere porque – citando Rui Barbosa – justiça tardia é injustiça manifesta. Ele torce para que o caso seja desfechado ainda este ano. Segundo o advogado, trata-se do principal crime político dos últimos anos no Brasil.

O julgamento do réu ainda não tem data marcada. No entanto, a expectativa é que ele aconteça nos próximos meses. A população de Foz do Iguaçu e o Brasil aguardam ansiosamente por justiça e espera que o júri popular condene o acusado pelo crime que cometeu.

Ouça aqui a mensagem do advogado Daniel Godoy Jr:

Relembre o caso Marcelo Arruda, vítima de um bolsonarista

Justiça mantém Jorge Guaranho preso
Justiça mantém preso Jorge Guaranho, acusado de assassinar tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu.

Na madrugada deste domingo (10/7/2022), a cidade de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi palco de uma tragédia que deixou a população chocada e o Brasil perplexo. Durante uma festa de aniversário, Marcelo Arruda, guarda municipal da cidade, foi baleado e não resistiu aos ferimentos, deixando esposa e quatro filhos. O responsável pelo crime foi Jorge Guaranho, policial penal que chegou ao local armado e acompanhado por uma mulher e um bebê.

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Ao ser atingido por Guaranho, Arruda, que também estava armado, revidou e acabou atingindo o policial. Na época, Guaranho foi hospitalizado e hoje está preso preventivamente. A situação fica ainda mais grave quando observamos as publicações do policial em suas redes sociais, que mostram um perfil extremista e favorável ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

De acordo com o boletim de ocorrência, Guaranho chegou ao local do crime gritando “Aqui é Bolsonaro!”. Além disso, o policial aparece em publicações ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro e fazendo o sinal de armas de fogo com as mãos, gesto característico do ex-presidente. Guaranho também demonstrou apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma publicação na qual afirma que a China deveria pagar pelos gastos causados pela crise da pandemia.

Segundo informações da Polícia Civil, Guaranho era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu. A presidência da entidade informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria. A defesa do policial penal alegou inocência, mas o caso irá a julgamento, conforme decidido após a desistência do recurso no TJ PR.

Essa tragédia traz à tona a importância de se combater a violência e o extremismo, especialmente entre aqueles que deveriam estar protegendo a população. É fundamental que a justiça seja feita para que a família de Marcelo Arruda e toda a sociedade de Foz do Iguaçu possam ter um pouco de paz.

Mais livros, menos armas.

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