APP-Sindicato denuncia Ratinho Jr. pelo uso de pânico para ampliar a militarização de escolas no Paraná

O anúncio feito pelo governo Ratinho Junior (PSD) de medidas para combater a violência nas escolas do Paraná levanta questionamentos sobre a eficácia das ações propostas. A ampliação do programa bolsonarista Cívico-Militar, por exemplo, não apresentou resultados positivos em escolas onde já foi implantado, pelo contrário, foi marcado por casos de exclusão e violência contra estudantes. Essa denúncia é feita pela APP-Sindicato.

É compreensível que a segurança nas escolas seja uma preocupação de toda a sociedade, mas é importante lembrar que colocar policiais na porta ou dentro da escola não é a solução para o problema. Estudos realizados nos Estados Unidos mostram que essa medida não só não resolve a questão da violência, mas pode agravá-la, aponta a entidade representativa dos educadores paranaenses.

Além disso, diz a APP, o foco do programa em escolas de periferia é questionável, uma vez que não há evidências de que a vulnerabilidade das comunidades escolares esteja diretamente relacionada aos ataques recentes registrados em instituições públicas e privadas.

Para os profissionais do magistério, a insegurança nas escolas é resultado do sucateamento da rede estadual, com a extinção do quadro de funcionários e a terceirização, deixando as escolas sem profissionais que exerciam um papel fundamental no controle de acesso, reconhecimento dos estudantes e na resolução de conflitos.

Forças Armadas com imagem danificada por Bolsonaro
Segundo a APP-Sindicato, Ratinho Jr. usa pânico social para ampliar militarização de escolas no Paraná. De 206 escolas cívico-militar saltaria para 400 escolas bolsonaristas.

A APP-Sindicato diz que se coloca à disposição para trabalhar em conjunto com as autoridades estaduais, ouvindo as comunidades escolares, e construir soluções efetivas, imediatas e de longo prazo para a superação da violência e o estabelecimento de uma cultura de paz dentro e fora da rede estadual de educação.

Entre as medidas sugeridas pela APP-Sindicato, destacam-se o uso de inteligência para o diagnóstico, prevenção e ação; a ampliação da patrulha escolar e do efetivo de segurança disponível para atender as comunidades escolares quando acionados; o reforço das medidas de segurança no entorno das escolas; e iniciativas de apoio psicossocial à comunidade escolar.

Economia

De acordo com o Sindicato, é importante lembrar que a escola não é um ambiente violento, mas sim um ambiente que reproduz e sofre com a violência e a exaltação ao ódio que adoecem o conjunto da sociedade. A busca por soluções efetivas e que contemplem as necessidades reais das comunidades escolares deve ser prioridade para todos os envolvidos, ressalta a APP-Sindicato.

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário