Policiais civis do Paraná se levantam contra o governador Ratinho Júnior (PSD) durante a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta sexta-feira (14/4). O protesto se deu em decorrência da morte de mais um agente da corporação no município de Cascavel. O policial civil Ricardo Fernandes Rodrigues, lotado na cidade de Corbelia, não resistiu e faleceu. A presidente do Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná), Valquiria Gil Tisque, em vídeo publicado nas redes sociais, falou sobre a situação da categoria, que vem sofrendo com a falta de estrutura estatal para os servidores da Segurança Pública. Abaixo, assista o vídeo.
De acordo com Valquiria, os policiais civis estão sendo tratados com tamanho desprezo que beira a falta de respeito ao ser humano. Ela ressaltou que não há uma preocupação do Estado do Paraná com a saúde mental dos servidores, em especial com os servidores que são submetidos ao alto índice de periculosidade e rendimentos, como os policiais civis. Ainda segundo a presidente do Sinclapol, o quadro de policiais civis está defasado em menos de 50% do efetivo mínimo, e eles trabalham com coletes vencidos, armas usadas e escalas subumanas.
Valquiria afirmou que tudo isso acarreta em situações como a morte do policial civil em Cascavel, e pediu que as autoridades do Estado do Paraná e a população paranaense ouçam a categoria, atendam suas demandas e cuidem dos servidores da Segurança Pública. “A função dos policiais civis é “Servir e Proteger” a sociedade, e é necessário que o Estado os veja como seres humanos e ofereça condições adequadas de trabalho e de vida”, disse ela.
Flávio Dino participa hoje, às 14h, no Palácio Iguaçu, da cerimônia de lançamento do Pronasci 2 (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e entrega de equipamentos para o governo Ratinho Jr.
Assista o vídeo da presidente do Sinclapol-PR:
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Reclamando de barriga cheia. Vocês tiveram bons aumentos, reclassificação, carros novos, armas novas, dentre outras benesses. Agora imagine como está a situação do pessoal da saúde que não teve nenhuma reposição há 6, 7 anos, trabalhou duramente na pandemia (inclusive com mortes), muitos perderam as refeições no local de trabalho (que eram fornecidas pelo governo e ele cortou por causa do inútil Tribunal de Contas). Será que dá para deixar um pouco para os outros? Um delegado ganha muito mais que um médico do Estado, um escrivão ganha duas ou três vezes o que ganha um profissional da enfermagem. Desculpa o desabafo.