Presidente Lula anuncia todos os 37 ministros; confira os nomes

A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil) será a ministra do Turismo, como anunciou o presidente eleito, Lula (PT), agora há pouco, nesta quinta-feira (29/12).

Ainda em seu primeiro mandato na Câmara, ela foi reeleita com a maior votação do Rio de Janeiro nas eleições deste ano.

Daniela teve 2,47% dos votos válidos, o equivalente a 213.706 eleitores. O segundo colocado, o ex-ministro bolsonarista Eduardo Pazuello (PL), angariou 2,37% dos votos.

No segundo turno, com a saída da presidenciável de seu partido, Soraya Thronicke, da disputa, Daniela declarou apoio à eleição de Lula.

Simone Tebet (MDB) está dentro do governo Lula como Ministra do Planejamento, como anunciou o presidente eleito em coletiva agora há pouco, nesta quinta-feira (29/12).

Senadora pelo Mato Grosso do Sul pelos últimos oito anos e ex-vice-governadora do estado, Tebet foi a terceira colocada nas eleições presidenciais deste ano.

Ela teve 4,2% dos votos válidos, o equivalente a quase 5 milhões de eleitores.

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), foi anunciado nesta quinta-feira (29/12) por Lula como o novo ministro da Integração Nacional.

Góes ganhou a vaga por meio de uma articulação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil). Mesmo filiado ao PDT desde 1989, o governador foi indicado pela União Brasil, sigla para a qual deve migrar.

A expectativa é que o novo ministro fique responsável pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), estatal que recebeu boa parte dos repasses do orçamento secreto.

Góes está em seu quarto mandato como governador do Amapá. Ele também foi deputado estadual no Amapá por dois mandatos, nos anos 1990.

Marina Silva (Rede) está de volta ao Ministério do Meio Ambiente, como confirmou o presidente eleito, Lula (PT), em coletiva nesta quinta-feira (29/12).

A ambientalista já havia comandado a pasta durante os dois primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2008. Divergências internas, em especial com a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,  levaram Marina a deixar o ministério.

Ela também foi senadora pelo Acre por quase duas décadas, entre 1995 e 2011, e foi três vezes candidata à presidência da República, em 2010, 2014 e 2018.

Marina Silva considerou desleal a propaganda do PT contra ela na corrida presidencial de 2014. Por isso, rompeu com o partido e com Lula.

Contatada por Fernando Haddad (PT) neste ano, Marina declarou apoio à candidatura de Lula em setembro, depois de alguma relutância.

O comando do Ministério dos Transportes ficará a cargo do emedebista Renan Filho, filho do senador Renan Calheiros. O anúncio foi feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (29/12).

O nome de Renan Filho foi indicado pela bancada do MDB no Senado. Formado em Economia, ele foi prefeito da cidade alagoana de Murici por dois mandatos, deputado federal e governador de Alagoas, também por dois mandatos. Em 2022,  elegeu-se senador da República.

O futuro ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (União), é natural de Pernambuco, foi vereador e deputado estadual. A partir de 2002, elegeu-se deputado federal por cinco mandatos consecutivos. 

Em 2022, porém, ele não obteve o sexto mandato. Por essa razão, integrantes do União Brasil conseguiram uma espécie de “prêmio de consolação” para o parlamentar.

Em sua vida política, ele também atuou como secretário estadual do Trabalho e Ação Social e de Cidades em Pernambuco.

A ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Ana Moser foi confirmada nesta quinta-feira (29/12) como a ministra dos Esportes do governo que toma posse no próximo dia 1º.

Moser, que comandará a pasta recriada por Lula a partir de janeiro, participou de três Jogos Olímpicos, conquistando a medalha de bronze em Atlanta (1996), a 4ª colocação em Barcelona (1992) e o 6º lugar em Seul (1988). A futura ministra também é medalhista no Mundial de Clubes, nos Jogos Pan-Americanos e do Grand Prix de vôlei.

Em 2001,a atleta fundou a organização não-governamental (ONG) Instituto Esporte e Educação, que trabalha na difusão do esporte e que já atendeu mais de 6 milhões de crianças e jovens no país. Moser está a frente da ONG até hoje.

A deputada federal eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP) acaba de ser anunciada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como futura ministra dos Povos Indígenas. O novo ministério é uma das promessas de campanha de Lula.

Da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, a futura ministra é formada em letras e enfermagem, pós-graduada em Educação Especial e deputada federal. Foi coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e candidata a vice-presidente em 2018,  numa chapa com Guilherme Boulos, também do PSOL.

Sônia Guajajara já foi eleita uma das 100 pessoas mais relevantes do mundo pela revista Time e é reconhecida internacionalmente por atuar junto às Organizações das Nações Unidas (ONU) contra violações dos direitos dos povos indígenas no Brasil.
No dia 12 de dezembro, nome de Sônia Guajajara foi apresentado para o ministério em uma lista tríplice preparada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Ao lado dela, apareciam a deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR) e o vereador de Caucaia (CE) Weibe Tabepa.

Escolhido para ser o futuro ministro das Comunicações, o deputado federal Juscelino Filho (União) é maranhense e está em seu terceiro mandato. Atual presidente do Conselho de Ética da Câmara, Filho é considerado integrante da tropa de choque de Arthur Lira (PP-AL) na Casa.

Filho foi uma indicação de última hora do União Brasil, tanto que a confirmação de seu nome veio menos de duas horas antes do anúncio oficial. No acerto com o União Brasil, Juscelino foi incialmente cotado para o Ministério do Turismo. Mas a pasta foi destinada a Daniela do Waguinho (também da União).

Senador por Minas Gerais, Alexandre Silveira (PSD) foi anunciado nesta quinta-feira, pelo presidente eleito Lula, como o futuro ministro das Minas e Energia do governo que tomará posse no próximo dia 1º.

Natural de Belo Horizonte (MG), Silveira, 52 anos, é formado em direito pela Fundação Educacional Monsenhor Messias e atuou como delegado de polícia em vários municípios mineiros.

Em 2003, Alexandre foi convidado pelo então vice-presidente do Brasil, José Alencar, a ocupar o cargo de Coordenador Geral da 6ª Unidade de Infraestrutura Terrestre do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Em 2004, foi nomeado diretor-geral do orgão por Lula, então presidente da República. 

O senador Carlos Henrique Fávaro (PSD-MT) foi anunciado nesta quinta-feira (29/12) como novo ministro da Agricultura e Pecuária.

Nascido no Paraná, ele foi para o Mato Grosso, onde começou em um assentamento da reforma agrária, e hoje é um grande produtor rural.

Fávaro foi vice-presidente da Aprosoja em 2012 e 2013. Reelegeu-se em 2014, mas se desligou do cargo para disputar o governo de Mato Grosso como vice na chapa do então senador tucano Pedro Taques. A dupla venceu a eleição.

Em 2018, Fávaro renunciou ao cargo de vice-governador para concorrer ao Senado, mas ficou em terceiro lugar.
Fávaro teve sucesso em sua tentativa seguinte, em 2020. 

Presidente do MDB do Pará, Jader Filho foi escolhido como o novo ministro das Cidades. Ele também é empresário do setor de comunicação.

Como o próprio nome diz, o político é filho do senador Jader Barbalho (PA), um dos principais aliados de Lula no Senado. Ele foi escolhido para o Ministério das Cidades na cota do MDB na Câmara.

Como o MDB do Pará elegeu 9 dos 42 deputados da sigla, a executiva estadual do partido ganhou prioridade na indicação do novo ministro. Ele é presidente do partido desde 2019, tendo sucedido o pai no cargo.

Paulo Pimenta foi anunciado há pouco pelo presidente Lula para comandar a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

Deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul desde 2003, o parlamentar é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria.

Paulo Pimenta foi líder do PT na Câmara de 2018 a 2020 e apresentou uma PEC para restabelecer a exigência do diploma de jornalismo para exercício da profissão, depois de decisão do STF que derrubou essa obrigatoriedade. O projeto não avançou.
Como deputado mais votado do PT do Rio Grande do Sul, Pimenta coordenou a campanha de Lula no estado.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), reeleito para o seu quinto mandato consecutivo, será o novo ministro do Desenvolvimento Agrário. O anúncio foi feito pelo presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, em coletiva, nesta quinta-feira (29/12).

Paulo Teixeira é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Por duas vezes, foi eleito deputado estadual, nas legislaturas de 1994 e 1998.

O futuro ministro já exerceu os cargos de secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo, de 2001 a 2004 e diretor-presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), de 2003 a 2004.
Desde 2007, exerce o mandato de deputado federal, tendo sido reeleito em 2022. Na Câmara dos Deputados, foi líder do PT em 2011.

O futuro ministro da Previdência, Carlos Lupi, é presidente do PDT, foi deputado federal e já comandou o ministério do Trabalho durante os governos Lula e Dilma Rousseff.

Lupi atuou intensamente no 2º turno da campanha de Lula e foi tido como fundamental na interlocução junto a alas do PDT que não queriam endossar a candidatura do petista, principalmente após conflitos entre o PT e Ciro Gomes no 1º turno da corrida presidencial.

Lupi queria assumir, primeiramente, o Ministério do Trabalho, mas aceitou nesta quarta-feira, 28, a Previdência.

O general da reserva Marcos Edson Gonçalves Dias foi anunciado há pouco como chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O cargo atualmente é ocupado pelo general Augusto Heleno.

GDias, como é conhecido, foi comandante da 6ª Região Militar e atuou no comando da segurança pessoal de Lula entre 2003 e 2009.

Na época, Gonçalves Dias ficou conhecido como “sombra de Lula”, por estar sempre ao lado do presidente em compromissos oficiais e pessoais.

Durante a campanha eleitoral, Gonçalves Dias voltou a dar apoio à equipe de segurança do petista, auxiliando na montagem dos eventos de que Lula participou.

Advocacia-Geral da União. Procurador da Fazenda Nacional.

Casa Civil. Atual governador da Bahia, o economista foi eleito em 2014 e reeleito em 2018. Nas suas gestões, ampliou programas como o Luz Para Todos e o Minha Casa Minha Vida para o povo baiano.

Controladoria-Geral da União. Advogado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Ministério da Ciência e Tecnologia. Vice-governadora de Pernambuco, presidenta do PCdoB e ex-deputada federal. Engenheira elétrica formada pela Universidade Federal de Pernambuco.

Ministério da Cultura. Cantora baiana e referência para a música brasileira, é fundadora do selo Estrela do Mar Records e da Associação Fábrica Cultural.

Ministério da Defesa. Engenheiro civil, foi ministro das Relações Institucionais de 2007 a 2009 e ministro do Tribunal de Contas da União de 2009 a 2021.

Ministério da Educação. Foi governador do Ceará por duas gestões e senador eleito pelo Estado. Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará e mestre em desenvolvimento e meio ambiente.

Ministério da Fazenda. Professor de ciência política, graduado em direito e com mestrado em economia e doutorado em filosofia, Haddad foi prefeito de São Paulo e ministro da Educação de 2005 a 2012, sendo responsável pela criação do Prouni.

Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Economista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atuou no Ministério do Planejamento.

Ministério da Igualdade Racial. Diretora do Instituto Marielle Franco. É graduada em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Jornalismo pela Universidade Estadual da Carolina do Norte.

Ministério da Justiça. Ex-juiz federal, Dino foi governador do Maranhão, presidente da Embratur, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, nas últimas eleições, foi eleito senador pelo povo do Maranhão. 

Ministério da Mulher. Foi secretária nacional do Enfrentamento à Violência contra a Mulher e ajudou a fundar a Central dos Movimentos Populares no Brasil.

Ministério da Saúde. Presidenta da Fiocruz desde 2017 e socióloga. É professora da Casa de Oswaldo Cruz e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IESP-UERJ).

Ministério das Relações Exteriores. Foi embaixador na Argentina e nos Estados Unidos e chanceler do governo federal em 2015. Atualmente, é embaixador na Croácia.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Vice-presidente eleito do Brasil, governador de São Paulo por quatro mandatos, foi deputado federal e prefeito de Pindamonhangaba. Coordenou a equipe de transição.

Ministério do Desenvolvimento Social. Foi por quatro vezes governador do Piauí e eleito duas vezes senador pelo Estado. Foi deputado federal e estadual.

Ministério do Trabalho. Foi ministro do Trabalho e Previdência, prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Ministério dos Direitos Humanos. Pós-doutor pela Faculdade de Direito da USP, professor da FGV e Mackenzie e professor visitante da Universidade de Columbia. Presidente do Instituto Luiz Gama.

Ministério dos Portos e Aeroportos. Foi governador de São Paulo, prefeito de São Vicente, deputado federal e é presidente da Fundação João Mangabeira.

Secretaria das Relações Institucionais. Foi ministro da Saúde e das Relações Institucionais. É médico e deputado federal.

Secretaria Geral da Presidência. Deputado federal, vice-presidente do PT. Biólogo formado pela Universidade Federal de Sergipe, foi secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe.