O ministro do STF Alexandre de Moraes nega pela quarta vez pedido de liberdade de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, que segue preso há 97 dias sob suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a se manifestar a favor da revogação da prisão, mas Moraes decidiu mantê-la, justificando que a prisão preventiva continua necessária e adequada neste momento da investigação criminal.
O ex-secretário é acusado de suprimir das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular e às trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior, além de ter demorado mais de 100 dias para autorizar acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal. Por isso, Moraes determinou que Torres preste novo depoimento à Polícia Federal na próxima segunda-feira (24/4).
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, segue preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará.
O ministro Alexandre de Moraes declarou que todos serão responsabilizados pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência — por ação ou omissão — motivada por ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo.
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