O presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai demitir esta semana o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Roberto Leonel, com a transferência do órgão para o Banco Central.
Leonel, indicado para o cargo pelo ministro Sérgio Moro, é pivô do escândalo da quebra de sigilos fiscais a pedido do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato. Antes de assumir o Coaf, ele era o chefe da inteligência da Receita Federal em Curitiba.
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Dentre as pessoas que tiveram ilegalmente o sigilo devassado pela Receita estão o caseiro Maradona, do sítio de Atibaia; dona Marisa Letícia, morta em março de 2018; oito ex-seguranças do ex-presidente Lula; a ex-mulher do ex-deputado Rocha Loures (MDB).
Por Medida Provisória, o Coaf passará a ser chamado de Unidade de Inteligência Estratégica e ficará sob o guarda-chuva do ministro da Economia Paulo Guedes.
Bolsonaro muda o Coaf motivado pela investigação de seu filho, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), no Caso Queiroz. O órgão vazou informações fiscais e bancárias do moço no início deste ano.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.