Reforma da Previdência: Michel Temer e o Congresso resistirão à greve nacional de fevereiro?

Que Michel Temer é o homem mais odiado e impopular do mundo todos nós já sabemos. O que não sabíamos ainda é que sua base política no Congresso Nacional não resistiu à pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quarta (31), que mantém a reprovação inédita no planeta. Mas a pergunta que se faz no Brasil e no mundo é a seguinte: o governo Temer resistiria a uma greve nacional dos trabalhadores contra a reforma da previdência, a sua única obsessão?

As centrais sindicais brasileiras se preparam para deflagrar uma greve geral para daqui a duas semanas. A paralisação nacional já consta nas pautas das entidades representativas de trabalhadores nos estados.

“Participação nos atos e na Greve Geral Nacional contra a Reforma da Previdência. Recepção e vigília a deputados(as) federais que são contrários à Reforma da Previdência (16/02 a 18/22). Confecção de material impresso e digital combatendo a falsa ideia de privilégios do funcionalismo público em relação ao regime previdenciário”, diz, por exemplo, um comunicado do poderoso sindicato dos educadores do Paraná, a APP-Sindicato, que está aprovou em assembleia o “estado de greve” por reivindicações locais e pelo direito de o magistério se aposentar.

Com apenas 6% de aprovação de Temer, parlamentares aliados do governo não querem meter a mão na cumbuca nas vésperas das eleições. Eles sabem que mexer com direitos de toda sociedade poderá custar-lhe o mandato, qual seja, seriam “aposentados” pelas urnas no mês de outubro.

O problema do “golpe” (governo Temer), da mídia, da banca e parte do judiciário — que compõem o consórcio golpista — é que a sociedade brasileira, não só apenas os sindicatos, tende a se somar à greve geral convocada por um único motivo: o fim da aposentadoria atinge a todos. Não há publicitário ou propaganda que segure isso (Temer foi orientado por publicitário a abordar reforma da previdência até quando falar para qual time torce).

A Central Única dos Trabalhadores, a CUT, acredita que um movimento paredista é capaz de obter adesão de 80 milhões de trabalhadores. Na greve de 28 de abril de 2017, a título de comparação, as centrais estimaram em 40 milhões de trabalhadores paralisados e as centrais classificaram-na como “a maior greve já realizada no país”. Ou seja, o k-suco vai ferver para Temer e os parlamentares se a reforma da previdência entrar na pauta do Congresso neste mês de fevereiro — como promete o governo golpista.

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