O ex-governador Ciro Gomes (PDT) apontado pelos institutos de pesquisa como virtual “herdeiro” de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o ex-presidente não se candidate, afirmou que foi “politiqueira” a intervenção militar de Michel Temer no Rio de Janeiro.
Ciro participou nesta terça (20) de um encontro sobre jornalismo na Folha, onde avaliou que a intervenção militar nas favelas cariocas tem tudo para ser um “desastre”.
“O Temer, diga-se a bem da verdade, é uma figura enojante. Porém, é um lutador. Eu fico zangado quando vejo o Temer esperneando e lutando e lembro que a Dilma deixou o país cair na mão dessa gente sem espernear e lutar”, comparou o pedetista.
De acordo com o jornalão paulistano, Ciro desceu a borduna na insistência de Lula em ser candidato nas eleições de outubro.
“A condenação pode ser injusta, mas não se pode dizer que seja arbitrária”, teria dito o presidenciável do PDT. “Querer, com chicanas e incidentes processuais, deixar a nação refém de sua estratégia não está à altura da sua biografia.”
A militância do PT discorda do ex-governador do Ceará, mas é urgente a discussão na esquerda da disputa eleitoral sem Lula. Em tese, se o ex-presidente anunciar seu “herdeiro” ciscando para dentro, qual seja, unificando o campo nacionalista, aliviar-se-ia os próprios ombros em relação à perseguição do consórcio jurídico-midiático-financeiro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.