Vem aí agosto, o mês do desgosto para Jair Messias Bolsonaro

Historicamente, o mês de agosto –também conhecido “mês do cachorro louco”– não tem sido nada favorável aos presidentes da República no Brasil e aos políticos em geral. Por isso esse período tem a má fama de “mês do desgosto”.

No próximo dia 3 de agosto, por exemplo, a CPI da Pandemia voltará a ouvir depoimentos de testemunhas e de acusados por corrupção na compra de vacinas. A comissão de investigação entrou em recesso depois de dois meses de trabalho. O colegiado foi formado para examinar as omissões do governo Jair Bolsonaro no âmbito da pandemia, que, até hoje, ceifou 540 mil vidas no País.

Normalmente, as manifestações populares sempre ganham corpo no mês de agosto.

O impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, decolou com as passeatas iniciadas pelos “carapintadas” no dia 11 de agosto (Dia do Estudante).

Os protestos que marcaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff também aconteceram no “mês do cachorro louco”. Foi no mês de agosto, dia 31, em 2016, que a petista perdeu o cargo após votação de 61 a 20 pelo impedimento no Senado.

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Aqui no Brasil, alguns episódios políticos muito marcantes também aconteceram nesse mês. No dia 24 de agosto de 1954, o então presidente Getúlio Vargas cometeu suicídio. Já em 21 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à Presidência República.

Economia

Juscelino Kubitschek morreu em um acidente de carro no dia 22 de agosto de 1976; e Eduardo Campos, em um acidente de avião no dia 13 de agosto de 2014.

Embora esteja com o “seu” na reta, a histórica conforta Jair Messias Bolsonaro: isso não aconteceu somente com ele.

As superstições, energia negativa, azar, lenda ou não, vêm desde a Roma Antiga. No mês de agosto, o povo aguardava as grandes tragédias com nomes da arte e da política mundial, passando por outras catástrofes causadas por decisões de chefes de estado.

No caso concreto, nos dias atuais, essa mesma história tem sido implacável –o que não é confortante para Bolsonaro.