Para Doria, Bolsonaro criava dificuldades para obter propinas nas vacinas

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), abriu fogo contra o governo corrupto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Pelo Twitter, o tucano tripudiou Bolsonaro por negar em público a vacina para os brasileiros enquanto nos bastidores negociava propinas com atravessadores do imunizante.

“Enquanto trabalhávamos para viabilizar a Coronavac de forma segura e com preço justo para os brasileiros, o ex-Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em nome do Governo Bolsonaro, negava a vacina e superfaturava seu preço nos bastidores”, escreveu Doria.

Em vídeo publicado no dia 11 de março, Pazuello promete a um grupo de intermediadores comprar 30 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac que foram formalmente oferecidas ao governo por quase o triplo do preço negociado pelo Instituto Butantan.

“Uma vergonha nacional!”, protestou João Doria, muito alvejado pelo presidente Jair Bolsonaro nesse período.

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“Já saímos daqui hoje com o memorando de entendimento já assinado e com o compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, o contrato para podermos receber essas 30 milhões de doses no mais curto prazo possível para atender a nossa população”, disse o ex-ministro da Saúde em vídeo já em posse da CPI da Pandemia.

Economia

As 30 milhões de doses eram negociadas pelo preço de US$ 28 cada uma, enquanto o Butantan comprou dois meses antes 100 milhões de doses pelo preço de US$ 10 cada uma. Ou seja, o governo Bolsonaro negociava vacinas com o triplo do valor.

O ministro Eduardo Pazuello foi demitido no dia 15 de março, no entanto, o presidente Bolsonaro fez questão de agasalhá-lo como seu assessor especial no Palácio do Planalto.

Para Doria, Bolsonaro criava dificuldades para obter propinas nas vacinas.

Será?

Com a palavra, a CPI da Pandemia no Senado.

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