Velha mídia corporativa, opositora de Lula, monopoliza verbas publicitárias do governo federal

  • Globo, Record, SBT, Folha, Estadão monopolizam verbas do governo federal sob Lula
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser acusado de tudo, menos de perseguir adversários. Vide os casos da Folha e do Estadão, que, mesmo defendendo os privilégios de bancos e especultadores, e segurando a bandeira do bolsonarismo sem o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL), esses jornalões estão entre os que mais recebem verba publicitária do Palácio do Planalto.

O relatório é “insuspeito”, pois a Folha buscou os valores gastos do portal de planejamento de mídia do governo federal deste ano de 2023.

Além dos jornalões paulistanos, o governo federal tem apostado sua comunicação muito nas TVs Globo, Record e SBT – todas essas emissoras estiveram envolvidas no golpe de Estado em 2016, que derrubou a então presidenta Dilma Rousseff e, dois anos depois, em 2018, ajudou na narrativa da Lava Jato para prender Luiz Inácio Lula da Silva.

As emissoras de televisão ligadas à Globo receberam em seis meses de governo Lula R$ 54,4 milhões, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões e o SBT de Silvio Santos recebeu outros R$ 12 milhões.

Só o telejornal Jornal Nacional da Globo, que Lula sempre acusou de veicular mais de 100 horas de notícias negativa contra ele, recebeu R$ 9 milhões de anúncios do governo federal sob o governo petista.

Se fosse utilizar a ortodoxia atual do ministro do STF, Alexandre de Moraes, essa velha mídia corporativa deveria ser proibida de amealhar dinheiro público porque ela atentou contra o Estado Democrático de Direito em um passado recentíssimo.

Economia

Por outro lado, a mídia independente que sempre defendeu Lula nos piores momentos – Brasil 247, DCM e Cafezinho, citados na reportagem – são tratados com pouca atenção pelo governo federal. Ou melhor: são tratados de maneira igual às grandes corporações de mídia quando deveriam tratados de forma desigual.

O princípio da igualdade, também conhecido como princípio da isonomia, é um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito. Ele consiste tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.

Nesse período de seis meses, a Folha abiscoitou R$ 352,9 mil; o Estadão, R$ 206,8 mil; e O Globo, R$ 398,9 mil.

No outro lado da rua, o Brasil 247 foi prestigiado com diminutos anúncios de R$ 59,9 mil; DCM, R$ 46,2 mil; e o Cafezinho, R$ 4.900.

Nos governos Lula I e II, e Dilma, petistas bradavam que “A Globo é Nossa!” e o PiG (Partido da imprensa Golpista), como dizia o saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim, está dominado!

Depois da queda de Dilma e prisão ilegal de Lula reconheceu-se o erro estratégico em relação à velha mídia corporativa.

No entanto, ao que parece, a história se repete?

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