O empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, diz que está sendo vítima de fake news que ligam ele e a rede de lojas de sua propriedade com manifestações bolsonaristas antidemocráticas.

Segundo o Véio da Havan, reportagem da Agência Pública descreve caminhões que realizam o transporte de cargas da varejista teriam participado da paralisação de rodovias. “É uma grande mentira e que temos como provar”, garante o dono das lojas Havan.

O empresário, que chegou a dizer que deixaria o Brasil se Lula vencesse a eleição, escusa-se em comunciado à imprensa:

“Imagens das câmeras da concessionária das rodovias mostram o momento em que manifestantes param os caminhões. No mesmo instante que ocorreu o fato, o motorista avisou a empresa por meio de mensagens e foi orientado a acionar a polícia. Inclusive, um boletim de ocorrência foi registrado junto às autoridades competentes”, diz ele.

Hang afirma que todo transporte da Havan é terceirizado e, todos os dias, saem do Centro de Distribuição Havan, em Barra Velha (SC), centenas de caminhões com produtos para as 174 megalojas espalhadas por todo o país.

O Véio da Havan nega veementemente que tenha participação alguma em qualquer ato realizado nos últimos dias. “Aliás, nem mesmo no dia 7 de setembro, quando houve um movimento de greve, nenhuma das 174 megalojas Havan fechou”, lembra.

A própria empresa responsável por todo o transporte de cargas da Havan mantém suas atividades normais tendo também documentos para comprovar.

Luciano Hang jura que – desde a derrota de seu aliado Jair Bolsonaro – tem se dedicado exclusivamente às suas atividades empresariais.

“Parte da imprensa age de forma imprudente, sem verificar os fatos e a verdade, com o objetivo de destruir reputações. Mas quem não deve, não teme. Já acionamos nosso jurídico para processar o site e todos que replicaram essa grande mentira”, diz o empresário.

No entanto, a Agência Pública cravo que o dono da Havan fez discurso golpista em um restaurante de Brusque (SC) no feriado de Finados, dia 2 de novembro.

O Véio da Havan participava de um grupo de empresários no WhastsApp que defendia um golpe de Estado, caso Lula ganhasse a eleição. A conspiração foi revelada pelo site Metrópoles, de Brasília, parceiro do Blog do Esmael.

Coincidência ou não, após a derrota de Bolsonaro e vitória de Lula eclodiram manifestações antidemocráticas no País pedindo ditadura militar e não reconhecimento do resultado das urnas. Locautes [greve de patrões], fechamento de rodovias, blitzes da Polícia Rodoviária Federal na eleição do segundo turno, fechamento de ruas nas cidades, são algums dos estratagemas dos golpistas.