Veja essa: bolsonaristas cruzam a fronteira com a Argentina em busca de gasolina mais barata

No segundo turno da eleição de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro foi eleito com 70,30% dos votos válidos no município de Foz do Iguaçu (PR). Quase três anos depois, os bolsonaristas estão atravessando a fronteira com a Argentina em busca de gasolina mais barata.

No país vizinho governado pelo esquerdista Aberto Fernández, o litro da gasolina custa R$ 3,20 em Puerto Iguazú, menos da metade do valor cobrado nos postos brasileiros, que, em algumas regiões, já cobram até dez reais por litro do combustível.

Sem restrições sanitárias por causa da pandemia, arrefecida com a vacinação, os argentinos agora limitaram o abastecimento a 15 litros de gasolina por veículo. Os bolsonaristas iguaçuenses deliram dizendo que é “perseguição” da esquerda da Argentina essa restrição.

Embora seja um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o Brasil tem os combustíveis mais caros do mundo em virtude da política de paridade de preços internacionais adotada pela Petrobras. Os reajustes são determinados pela variação do dólar e pela cotação internacional do barril do óleo, enquanto os consumidores brasileiros continuam recebendo em real. Por isso a conta nunca fecha e os preços são abusivos no país.

O município de Foz do Iguaçu, a 643 km de Curitiba, no extremo oeste do Paraná, tem como prefeito desde 2017 o ex-comunista Chico Brasileiro, filiado no PSD do governador Ratinho Junior. É o terceiro destino turístico de estrangeiros no país e o primeiro da região sul. Possui 258 mil habitantes.

Na eleição de 2018, o então candidato do PT Fernando Haddad obteve 29,70% dos votos em Foz do Iguaçu.

Economia

O petista não quis comentar sobre a “via sacra” de bolsonarista para abastecer com gasolina mais barata na “esquerdista” Argentina.

Segundo parceiros do Blog do Esmael na tríplice fronteira, os bolsonaristas precisam ficar horas em filas quilométricas para abastecer 15 litros de gasolina. Para completar o tanque, eles dão um “jeitinho brasileiro” enfrentando de novo filas em outros postos.

Nessas filas do outro lado da fronteira, na Argentina, nenhum apoiador de Bolsonaro foi visto fazendo o gesto da “arminha” do presidente ou portando faixa pedindo “Fica Bolsonaro”.

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