Oferta de ações da Copel (CPLE6) para privatização de R$ 5 Bilhões, dizem bancos
A Copel (Companhia Paranaense de Energia), controlada pelo governo do Paraná, anunciou nesta terça-feira (25/7) sua intenção de lançar uma oferta de ações visando sua privatização, que deverá ocorrer até esta quarta-feira (26/7).
As forças vivas do estado do Paraná protestam contra a venda de sua empresa reconhecida internacionalmente como mais eficiente e lucrativa do País.
Com expectativas elevadas, a companhia elétrica paranaense disse que almeja arrecadar entre R$ 4,3 bilhões e R$ 5 bilhões por meio desta potencial operação, com base no preço de fechamento de sua ação na segunda-feira (23/7).
As ações da Copel (CPLE6) já entraram em leilão nesta terça-feira (25/7) às 13h58 (horário de Brasília), antes da divulgação do fato relevante, registrando alta de 1,72%, com valor de R$ 8,27.
O lançamento da oferta de ações para privatização é uma decisão do governo do Paraná, considerando que a companhia busca arrecadar recursos significativos para alavancar seus projetos de expansão e investimentos.
O processo de privatização da Copel segue os passos de outras empresas do setor, como a Eletrobras, cuja venda está judicializada.
Mesmo com algumas questões pendentes de análise por órgãos de controle, a empresa optou por prosseguir com a operação, buscando garantir a expansão de suas atividades e a modernização de suas estruturas.
Um dos aspectos essenciais é o posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que ainda precisa definir o bônus de outorga que a Copel deverá pagar pela renovação da concessão de três usinas hidrelétricas, vinculadas à oferta de privatização.
O processo já teve início, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo.
O prazo para a decisão é até o início de agosto.
Além do TCU, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná terá um papel importante, fixando o preço mínimo para a venda das ações do governo no processo de oferta.
Assim como no caso da Eletrobras, esse preço não será divulgado publicamente, o que pode gerar expectativas e variações no mercado.
O “follow on” de privatização será uma oferta secundária, em que o Estado do Paraná venderá parte de sua participação acionária, deixando de ser controlador.
A oferta também incluirá uma tranche primária, resultando em injeção de capital na empresa e pagamento da União pelo bônus de outorga para a renovação das concessões.
O montante total da oferta deve girar em torno de R$ 5 bilhões.
Os principais coordenadores da oferta são o BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI, UBS BB e Morgan Stanley.
O Estado pretende diluir sua participação na empresa para 10% do capital ordinário e para 15% do capital total, reduzindo consideravelmente sua posição atual de 31,1%.
Ademais, o Estado manterá uma ação de classe especial, conhecida como “golden share”, com poder de veto, para garantir os investimentos da Copel Distribuição, principal ramo da companhia.
Parlamentares, sindicalistas e funcionários da Copel pedem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intervenha para barrar a privatização da Copel, no entanto, até o momento, o Palácio do Planalto continua inerte diante dos pedidos dos paranaenses.
Os contrários à venda da estatal de energia alegam que o presidente Lula, de uma canetada só, poderia revogar um decreto do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL), que, antes de fugir para os EUA, no ano passado, facilitou a privatização da Copel.
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Se realmente tivesse interesse revogava. Mas ficam fazendo especulação política mentindo que são contra, quando na verdade vão comprar ações.
O mesmo estão fazendo com o banco central, dizendo que não podem interferir, chama o conselho e tira o cara.
Os paranaenses votaram em Bolsonaro. Agora paguem o preço da sua opção.
COM O FUTURO ADVENTO DOS CARROS ELÉTRICOS, A TARIFA DA COPEL PRIVATIZADA SERÁ O “PEDÁGIO ELÉTRICO” DOS PARANAENSES.
ESTRANHÍSSIMA A INÉRCIA DO LULA EM REVOGAR O DECRETO E TAMBÉM ESTRANHÍSSIMA A INÉRCIA DO BNDES EM SER CONTRA.
LULA VIROU UM PRESIDENTE MERAMENTE IDENTITÁRIO, AO SE ESQUECER DAS CAUSAS SÓCIO-ECONÔMICAS PREJUDICADAS PELO CAPITAL, COMO A MANUTENÇÃO DA COPEL PÚBLICA.
A TARIFA VAI SUBIR.
A TARIFA DA COPEL SERÁ UM “PEDÁGIO ELÉTRICO” PARA O PARANÁ
Agradecer ao Lula e o Barroso, sem eles não teria sido possível! (Assinado: Rato)