- Entidades estudantis convocam mobilização nas ruas contra os cortes na educação no dia 18 de outubro
O governo do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) anunciou o corte de R$ 2,4 bilhões do orçamento das universidades federais. E isso ouriçou o movimento estudantil, que promete voltar às ruas no próximo dia 18 de outubro em todo o País.
A UNE (União Nacional dos Estudantes), a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) convocaram a mobilização nacional para reverter esse cenário. “Bolsonaro está roubando o dinheiro da educação para a sua campanha fracassada”, disse ela, referindo-se o desvio do recurso das universidades para o pagamento do orçamento secreto de parlamentares do Centrão.
Os estudantes comparam o confisco do dinheiro da educação ao confisco da poupança, há 31 anos, pelo então presidente Fernando Collor de Mello, que na época sofreu impeachment. Hoje, Collor é aliado e guru político de Bolsonaro.
As manifestações estão previstas para o dia 18 de outubro e os locais serão divulgados em breve.
Ao longo desta semana, segundo a UNE, plenárias e assembleias estudantis serão realizadas em todas as universidades brasileiras.
A presidente da UNE, Bruna Brelaz, avalia que a área foi negligenciada durante o governo Bolsonaro, porém as manobras eleitoreiras no orçamento destroem qualquer projeto educacional.
– Dessa vez, as universidades federais e os institutos terão todas as suas estruturas afetadas e a permanência dos estudantes é colocada em risco, o que representa um atraso e um desperdício do potencial deles, o que irá comprometer o futuro e o desenvolvimento do país.
Para Vinícius Soares, presidente da ANPG, Bolsonaro representa o inimigo máximo da educação.
– Durante o seu governo o projeto de desmonte e sucateamento da educação pública foi intensificado e além disso depreciou toda a atividade de pesquisa no país, que as universidades públicas brasileiras são uma referência. É preciso barrar esse projeto.
Jade Beatriz, presidente da UBES, afirma que os cortes colocam em risco a atuação dos Institutos Federais na formação técnica de jovens. Além disso, a crise generalizada na educação somada à negligência social impossibilita até a alimentação escolar.
– São alunos dividindo ovos, salários defasados, estruturas precárias: essa é a fotografia das escolas públicas no governo Bolsonaro – denunciou ela.
Tremei, Bolsonaro! As ruas serão tomados pela juventude estudantil no dia 18.
Assista ao vídeo da presidente da UNE:
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