O ex-juiz Sergio Moro, do União, arrasta o cadáver da finada Lava Jato em sua campanha ao Senado pelo Paraná.

Declarado “suspeito” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Moro ainda tenta usar as costas do ex-presidente Lula como escada para chegar ao Congresso Nacional.

Na propaganda eleitoral do rádio e da televisão, homem de proposta única, Sergio Moro exibe o defunto da Lava Jato e o suposto combate à corrupção como predicados.

O diabo é que há controvérsia nessa história, a começar pela anulação de todas as condenações contra Lula. Também não é de somenos o prejuízo que a finada Lava Jato deu ao País, cerca de R$ 180 bilhões, segundo o Dieese, diante de uma suposta recuperação de R$ 6 bilhões.

Além disso, houve o desmonte econômico da indústria pesada nos ramos naval e petrolífero que custaram aos brasileiros 4,4 milhões de empregos.

Moro reprovou no teste de popularidade esta semana durante jantar, em Curitiba, quando o prefeito de Santa Tereza do Oeste, Elio Marciniak, o Kabelo (PSD), que não se intimidou ao fazer o “L” de Lula no momento da fotografia.

Pesquisas qualitativas indicam que os paranaenses e os brasileiros estão mais preocupados com emprego e com a carestia, ou seja, privilegiam temas econômicos a fetiches emotivos – diferente do que ocorreu nas eleições de 2018.

Deltan Dallagnol, candidato a deputado federal pelo Podemos do Paraná, também copia o seu ex-colega de estripulia na putrefata Lava Jato. O ex-coordenador da força-tarefa reproduziu um PowerPoint para reavivar a perseguição a Lula em sua campanha.

Sabemos que defunto não vota, no entanto, as campanhas de Moro e Deltan apostam fortemente que cadáver dá votos. A conferir.

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