Saiba quantos votos são necessários para eleger 1 vereador na sua cidade

O cálculo é simples. Basta dividir o número de eleitores pela quantidade de cadeiras em disputa. Por exemplo, no município de São Paulo, 8.986.687 eleitores estão aptos a votar nas eleições de 2020. A Câmara Municipal possui 55 cadeiras de vereadores, portanto, basta dividir o eleitorado (8.986.687) pelo número de cadeiras em disputa (55) e você chegará ao “quociente eleitoral” –a quantidade de votos necessários para eleger um vereador: 163.394 votos individuais ou na chapa de vereadores.

Porém, leve em consideração, que esse cálculo é feito somente com os votos válidos — os votos efetivados pelos eleitores, descontados os votos em branco e os votos nulos.

Estima-se que a abstenção nas eleições de 2020 possa ser recorde, o que diminuiria a quantidade de votos para eleger um vereador. No caso do exemplo, a cidade de São Paulo, segundo o Datafolha, 33% dos paulistanos afirmam que não irão votar no dia 15 de novembro. Se isso se confirmar nas urnas, o número de votos necessários para um partido fazer uma cadeira cai para 109.473.

Ocorre que quase ninguém consegue sozinho 109.473 votos numa eleição de vereador. Nas eleições de 2016 houve duas exceções: Eduardo Suplicy (PT), eleito com 301.446 votos, e Milton Leite (DEM), eleito 107.957 votos. Por isso são importantes as chapas. A soma dos votos de todos os candidatos é que forma o quociente eleitoral.

Quociente eleitoral

O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.

Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior” (Código Eleitoral, art. 106).

Economia

Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias” (Lei n. 9.504/97, art. 5º).

Quociente partidário

O quociente partidário define o número inicial de vagas que caberá a cada partido que tenha alcançado o quociente eleitoral.

Determina-se para cada partido o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda de legendas, desprezada a fração” (Código Eleitoral, art. 107).

Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido que tenha obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido (Código Eleitoral, art. 108).

LEIA TAMBÉM SOBRE AS ELEIÇÕES 2020

URGENTE: Rafael Greca, prefeito de Curitiba, está com COVID-19

“João Requião” disputa a Prefeitura de Curitiba

Globo peita TSE ameaçando cancelar debates com candidatos a prefeito

Veja como foi a votação dos vereadores de SP nas eleições de 2016

Os votos que cada vereador recebeu:

Eduardo Suplicy (PT) – 5,62% (301.446 votos)
Milton Leite (DEM) – 2,01% (107.957 votos)
Tripoli (PV) – 1,66% – (88.843 votos)
Conte Lopes (PP) – 1,49% (80.052 votos)
Mario Covas Neto (PSDB) – 1,41% (75.593 votos)
Eduardo Tuma (PSDB) – 1,31% (70.273 votos)
Adilson Amadeu (PTB) – 1,25% (67.071 votos)
Souza Santos (PRB) – 1,04% (55.924 votos)
Ricardo Nunes (PMDB) – 1,02% (54.692 votos)
Celso Jatene (PR) – 1,00% (52.715 votos)

Eliseu Gabriel (PSB) – 0,98% (52.355 votos)
Rodrigo Goulart (PSD) – 0,92% (49.364 votos)
Fernando Holiday (DEM) – 0,90% (48.055 votos)
Atilio Francisco (PRB) – 0,88% (46.961 votos)
Ota (PSB) – 0,86% (45.915 votos)
Senival Moura (PT) – 0,85% (45.320 votos)
Patricia Bezerra (PSDB) – 0,84% (45.285 votos)
João Jorge (PSDB) – 0,79% (42.404 votos)
Aurélio Nomura (PSDB) – 0,78% (41.954 votos)
Soninha (PPS) – 0,75% (40.113 votos)

Edir Sales (PSD) – 0,73% (39.062 votos)
Gilson Barreto (PSDB) – 0,72% (38.564 votos)
André Santos (PRB) – 0,70% (37.393 votos)
Daniel Annenberg (PSDB) – 0,69% (36.983 votos)
Alfredinho (PT) – 0,68% (36.324 votos)
Toninho Paiva (PR) – 0,66% (35.219 votos)
Juliana Cardoso (PT) – 0,65% (34.949 votos)
Sandra Tadeu (DEM) – 0,64% (34.182 votos)
Rute Costa (PSD) – 0,63% (33.999 votos)
Police Neto (PSD) – 0,63% (33.537 votos)

Donato (PT) – 0,61% (32.592 votos)
Noemi Nonato (PR) – 0,60% (32.116 votos)
Jair Tatto (PT) – 0,58% (30.989 votos)
Gilberto Nascimento Jr (PSC) – 0,57% (30.382 votos)
Adriana Ramalho (PSDB) – 0,56% (29.756 votos)
Camilo Cristófaro (PSB) – 0,55% (29.603 votos)
Reis (PT) – 0,55% (29.308 votos)
Paulo Frange (PTB) – 0,55% (29.242 votos)
Ricardo Teixeira (PROS) – 0,53% (28.515 votos)
Fabio Riva (PSDB) – 0,52% (28.041 votos)

Gilberto Natalini (PV) – 0,52% (28.006 votos)
Alessandro Guedes (PT) – 0,50% (26.780 votos)
Arselino Tatto (PT) – 0,50% (26.596 votos)
George Hato (PMDB) – 0,49% 26.104 votos)
Isac Felix (PR) – 0,48% (25.876 votos)
Aline Cardoso (PSDB) – 0,48% (25.769 votos)
Claudinho de Souza (PSDB) – 0,46% (24.923 votos)
David Soares (DEM) – 0,46% (24.892 votos)
Dr. Milton Ferreira (PTN) – 0,41% (21.849 votos)
Rinaldi Digilio (PRB) – 0,39% (20.916 votos)

Janaina Lima (NOVO) – 0,36% (19.425 votos)
Claudio Fonseca (PPS) – 0,34% (18.444 votos)
Toninho Vespoli (PSOL) – 0,30% (16.012 votos)
Zé Turin (PHS) – 0,28% (14.957 votos)
Sâmia Bomfim (PSOL) – 0,23% (12.464 votos)

*Importante: alguns vereadores eleitos, em 2016, se licenciaram para exercer cargos no executivo ou renunciaram porque foram eleitos para outros cargos.