O ex-governador do Paraná, Roberto Requião, fez um pronunciamento impactante nesta quarta (19/7) confirmando que está em conversações com a Rede de Sustentabilidade e o Solidariedade.
O objetivo de Requião é concorrer ao Senado, caso haja uma eleição suplementar devido à possível cassação do atual senador Sérgio Moro (União-PR).
Contudo, surge um impasse com o Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual Requião é filiado, pois o partido tem outros planos para a disputa eleitoral.
O PT planeja eleger a deputada Gleisi Hoffmann, a presidenta nacional do partido, para ocupar a vaga no Senado, pela única uma vaga disponível na agremiação.
Nesse contexto, Requião enfrenta a possibilidade de não poder disputar a mesma cadeira com Gleisi Hoffmann, o que pode ser um fator determinante para uma possível saída do PT, embora ele não tenha admitido oficialmente a intenção de deixar a sigla.
Durante seu pronunciamento, as divergências de Requião com a política econômica do governo Lula também vieram à tona.
O ex-governador fez críticas construtivas em relação ao comportamento do governo federal no que diz respeito ao gasto líquido de juros no país, que atingirá 6,8% do produto interno bruto, sendo direcionado para o pagamento de juros aos detentores da riqueza, enquanto os investimentos públicos estão limitados a apenas 0,7% do produto interno bruto.
Requião ressalta que é necessário repensar a ortodoxia fiscal imposta pelo mercado ao Brasil, que, segundo ele, não pode continuar se o país deseja crescer de forma significativa e justa.
Em seu pronunciamento, Requião também criticou a política de preços da Petrobras e sua parceria de preços internacionais (PPI), afirmando que os combustíveis no Brasil continuam acima do valor da PPI, contrariando a retórica oficial.
Além disso, ele manifestou descontentamento com a continuidade do Banco Central nas mãos do mercado, enfatizando que a taxa Selic está absurda e defendendo uma mudança nesse cenário.
O ex-governador ainda abriu fogo contra a privatização da Copel, da Sanepar e Eletrobras.
Roberto Requião destacou que sua posição política é pautada por críticas construtivas e que, apesar de ser filiado ao PT, não concorda com o comportamento do governo e sua política econômica.
Ele menciona estar sendo procurado por outros partidos e correntes para discutir a política brasileira, e não descarta a possibilidade de migrar para a Rede de Sustentabilidade ou para o Solidariedade.
Portanto, fica evidente que Roberto Requião enfrenta um dilema político relevante: a busca por uma candidatura ao Senado que possa ser viabilizada pelo seu partido, o PT, e suas divergências em relação ao direcionamento econômico do governo Lula.
Esses fatores podem determinar seu futuro político e sua permanência ou saída do PT, o que tem gerado especulações sobre suas futuras ações e decisões.
Acompanhe o desenrolar dessa treta no PT pelo Blog do Esmael, em tempo real.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
A Gleisy não ganha nem a pau, acho que nem o Requião, mas
o ex-governador tem mais chance.
Requião tem suas razões e o PT., está traindo um grande politico que ajudou o partido no Paraná e Gleisy já chegou onde nunca tinha imaginado chegar e deve ter a grandeza de saber que a vaga para disputar o senado deve ser de Requião ou o PT., vai perder essa vaga de vez se Requião ir para outro partido pois se enfrentar Gleisy ambos sabem que a vaga vai para a turma do Bozo ao racharem os votos da esquerda eu mesmo sou eleitor do PT. desde 89 mas entre Gleisy e Requião vou com esse mesmo sabendo que ambos desunidos võo entregar a vaga para o candidato de Bolsonaro.