Roberto Jefferson se diz ‘alferes de Deus’ e quer Bolsonaro no PTB

O presidente nacional do PTB e neo-bolsonarista Roberto Jefferson está tentando levar Bolsonaro e o grupo político do presidente da República para sua legenda ‘trabalhista’.

Jefferson está até modulando seu discurso para ficar parecido com o do bolsonarismo. No Twitter, ele se autodefine como “Alferes de Deus e Leão Conservador”.

Ele postou um vídeo com imagens de um leão com um hino gospel de trilha sonora, e escreveu em caixa alta:

“SOMOS OS ALFERES DE DEUS.
SOMOS OS LEÕES CONSERVADORES.
SOMOS O RUGIDO DA VIDA E DA LIBERDADE.
FORÇA E VITÓRIA!”

O vídeo lembrou da peça em que um leão se vê cercado por hienas… O leão era Bolsonaro, e as hienas eram os adversários políticos. Entre as hienas estavam o STF e até a ONU…

Economia

Relembre do vídeo das hienas aqui: Bolsonaro apaga vídeo do leão contra as hienas

A as adulações ao ocupante do Planalto não param. Em outro tuíte, Jefferson fala da saúde do novo líder:

“Conversei ontem, durante meia hora, em videoconferência com o Presidente Jair Bolsonaro. Ele está bem, com excelente aparência. Está forte e hígido, tossiu apenas duas vezes, me disse que na próxima semana estará de volta à vida normal.
Deus o abençoe. Força e Vitória!”

Em outra mensagem, ele deixa claro que quer Bolsonaro no partido que já foi de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.

“Afirmei hoje ao presidente Bolsonaro que tanto o PTB quanto ele e seu governo comungam do propósito de fazer com que o Brasil trilhe o caminho da competitividade, da eficiência, da modernidade e da prosperidade. Clique no link para ler na íntegra.”

Jefferson se articula com outros bolsonaristas, como a deputada Bia Kicis. Confira:

“A Deputada Bia Kicis conversou, ontem, longamente com a presidente do PTB Mulher Graciela Nienov. Discutiram oportunidades para as mulheres na vida pública.”

Em nota publicada no site do PTB, eles confirmam que oficializaram o convite:

“O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes, convidaram o presidente da República, Jair Bolsonaro, para retornar aos quadros petebistas e, em 2022, concorrer à reeleição pela legenda. O convite foi feito por videoconferência, nesta terça-feira (7), durante reunião com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

No encontro, Roberto Jefferson e Pedro Lucas entregaram ao presidente Bolsonaro, por meio do ministro Ramos, o programa estatutário do PTB, que foi atualizado em abril de 2018, em Convenção Nacional, que assevera ser um partido conservador nos costumes e liberal na economia.

“Afirmei ao presidente Bolsonaro que tanto o PTB quanto ele e seu governo comungam do propósito de fazer com que o Brasil trilhe o caminho da competitividade, da eficiência, da modernidade e da prosperidade, e que seja um país com mais oportunidades de emprego e de empreender e com menos impostos e menos gastos públicos. E que somos os defensores da família, da vida, da liberdade, da propriedade, da democracia, da justiça e da Pátria, sagrados valores que os comunistas e socialistas tanto tentam destruir, mas que nós, os alferes de Deus e leões conservadores, jamais permitiremos”, ressaltou Roberto Jefferson.

Jair Bolsonaro declarou que vai analisar com carinho e seriedade o convite para se filiar ao PTB, e frisou que Roberto Jefferson é homem de palavra.”

Roberto Jefferson poderia explicar para Bolsonaro que o golpe de 1964 derrubou o presidente da República João Goulart que era do PTB, não é? Será que Bolsonaro sabe?

A Aliança ‘contra’ o Brasil fez água e o PTB pode ser uma alternativa. Bolsonaro gosta de puxa-sacos aduladores e Roberto Jefferson sabe fazer isso muito bem, quando lhe convém… Confira o tuíte a seguir:

Com informações do PTB.

Roberto Jefferson lança praga da Covid-19 em Fernando Henrique Cardoso

O neo-bolsonarista Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, partiu para o ataque contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ‘decano’ do PSDB.

Jefferson chamou o velho tucano de “comunista dissimulado” e ultrapassa os limites do respeito humano ao desejar que o ex-presidente seja visitado pelo Coronavírus e contraia a Covid-19. Confira:

“Tenho aversão ao fabianismo de FHC. Comunista dissimulado, velho e mau como o diabo. Precisava da visita do Covid19. Seu colega de partido, Bruno Covas, já cavou várias sepulturas no cemitério. Será que reservou uma para o Velho Bruxo? Ele já está rendendo muito. Vade retro…”

A análise de Roberto Jefferson é, no mínimo, equivocada; pois, o governo de Fernando Henrique foi muito parecido com o que Bolsonaro está fazendo, principalmente na economia e nos direitos sociais.

LEIA TAMBÉM

FHC conduziu o maior movimento de privataria da história do Brasil, entregando a preço de banana e com financiamento subsidiado pelo BNDES jóias como a Companhia Siderúrgica Nacional, a mineradora Vale do Rio Doce, além das empresas de telecomunicação e muitas outras.

Roberto Jefferson “esquece” que ele próprio foi um dos principais aliados do  governo de Fernando Henrique. Ele votou junto com o governo pelo fim do monopólio estatal das empresas de telecomunicações e da extração, refino e transporte do petróleo e gás natural da Petrobras.

Ele também foi um dos 386 deputados que votaram favoravelmente à emenda que instituiu a reeleição no país, concedendo um novo mandato a FHC. .

Essa votação foi motivo de denúncias de compra de votos de parlamentares mas nada foi comprovado. Jefferson ainda votou favoravelmente à reforma da Previdência de FHC, em 1998.

Depois, ele apoiou Lula e traiu o presidente petista quando foi denunciado por propina nos Correios, criando o termo “mensalão”.

Ou seja, Jefferson é um governista de ocasião, que não se furta em atacar os ex-aliados todos… Jair Bolsonaro pode ser o próximo.

Com informações do Nexo.

Bolsonaro sabujo, ministros e filho comemoram independência dos EUA

O presidente Bolsonaro (sem partido), se reuniu em Brasília, com ministros do governo, o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o embaixador norte-americano, Todd Chapmann, em almoço de comemoração do dia 4 de julho, da Independência dos Estados Unidos.

Estavam presentes os ministros da Casa Civil, Braga Netto; das Relações Interacionais, Ernesto Araújo; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos e da Defesa, Fernando Azevedo.

A reunião ocorreu um dia após passar a vigorar a Lei 14.019, que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados durante a pandemia do novo coronavírus.

Ao sancionar a lei na madrugada desta sexta-feira (3), Bolsonaro vetou o a obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos comerciais, industriais, templos religiosos e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.

As informações são do Brasil de Fato.

Jair Bolsonaro era o ‘Rei da Rachadinha’ na Câmara, diz Folha

Reportagem da Folha de S. Paulo, deste domingo (5), aponta o então deputado Jair Bolsonaro como o ‘Rei da Rachadinha’ nos 28 anos que ele atuou como deputado federal (1991 a 2018).

O jornal resgata as fortes movimentações de funcionários, entre demissões e recontratações, com aumentos e diminuições de salários, durante o período –prática hoje proibida na Câmara.

Há também contratações cruzadas com os filhos o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Alerj, e Carlos Bolsonaro, vereador no Rio.

A Folha desta três personagens emblemáticas nas rachadinhas, Marselle Lopes Marques, uma das filhas do ex-assessor Fabrício Queiroz, Wal do Açaí (Walderice Santos da Conceição) e Patrícia Cristina Faustino de Paula. Elas são investigadas pelo Ministério Público do Rio.

As três têm conexão entre pai e filhos Bolsonaro. Elas participaram de uma ‘montanha-russa funcional’ atípica com exonerações, readmissões, corte e aumento de salários.

Segunda a Folha, Bolsonaro realizou 18 exonerações e recontratações no mesmo dia. Isto, afirma a reportagem, era para garfar o 13º salário proporcional e indenização por férias.

O Globo, em reportagem de 2019, mostrou que o clã Bolsonaro —Jair e seus três filhos políticos, Flávio, Carlos e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)— contratou, desde os anos 1990, 102 pessoas que têm algum parentesco entre si, em 32 núcleos familiares diferentes.

LEIA TAMBÉM