O presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) e seu fiel escudeiro no Paraná, o governador Ratinho Junior (PSD), agendaram para segunda-feira (12/12) a inauguração [sic] da 2ª ponte inacabada entre o Brasil e o Paraguai, que não tem condições uso até sua conclusão prevista para o longínquio ano de 2025.
Ratinho Junior e Bolsonaro planejam cometer improbidade administrativa no apagar das luzes de 2022, quando o agente público comete ato contrário aos princípios básicos da Administração Pública no Brasil [legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência].
Segundo informações obtidas pelo Blog do Esmael na tríplice fronteira, a ponte inacabada não possue alças de acesso e aduana – fundamental para fiscalizar e controlar o tráfego de mercadorias que entram e saem do país. Ou seja, não tem funcionalidade.
[Alô, TCU! Alô, Transição do governo Lula!]
Bolsonaro e Ratinho Junior querem inaugurar a inacabada “Ponte da Integração” com o intuito de impedir que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o faça, haja vista que o novo mandatário será diplomado também na segunda-feira, dia 12 de dezembro, em cerimônica do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
De acordo com a Itaipu Binacional, além do governador do Paraná e do presidente cessante brasileiro, está prevista a presença do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, dentre outras autoridades dos dois países.
Sobre a ponte inacabada entre Brasil e Paraguai
O empreendimento é uma ação do governo federal, por meio da Itaipu Binacional, que está investindo R$ 323 milhões no projeto, em valores atualizados.
A Itaipu também financia as obras da Perimetral Leste, que estão em andamento e incluem construção de novas aduanas.
A rodovia de 15 km vai conectar a nova ponte à BR-277. O valor de investimento da Itaipu é de R$ 336,6 milhões.
Como é a estrutura da ponte inacabada
A Ponte da Integração Brasil-Paraguai é do tipo estaiada, tem 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros. Conta com duas pistas de 3,6 metros de largura cada, acostamento de 3 metros e calçada de 1,7 metro nas laterais. No lado brasileiro, o mastro principal tem 190 metros, equivalente a um prédio de 63 andares.
As obras começaram em agosto de 2019. Três anos depois, em agosto deste ano, as duas frentes de trabalho (do Brasil e do Paraguai) se encontraram sobre o leito do Rio Paraná. Foram utilizados no projeto aproximadamente 37 mil metros cúbicos de concreto e 3,5 mil toneladas de aço.
No final de novembro, a ponte foi submetida a testes dinâmicos com caminhões-betoneira, carregados de água e brita e carga de até 162 toneladas. A iluminação funcional, com tecnologia em LED, também está instalada.
Mesmo antes de inaugurada, a ponte – vizinha do Marco das Três Fronteiras –, já se tornou um novo cartão-postal na região turística trinacional. De noite, é possível ver a estrutura iluminada de longe, a partir de vários pontos da fronteira.
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