Em 2022, Lula prometeu duas questões que são caras ao Paraná: 1- Não à privatização da Copel e 2- Pedágio menor que R$ 5
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) iniciou o processo de privatização de duas usinas termelétricas, uma delas localizada na região metropolitana de Curitiba, e já apresentou a proposta de venda da usina termelétrica de Araucária ao mercado.
A usina de Araucária tem capacidade de 484 megawatts e é ligada ao sistema elétrico nacional, sendo movida a gás, o que torna o custo de produção mais alto do que o das hidrelétricas.
A Copel informou que as usinas continuarão existindo para casos de emergência, como durante a crise hídrica, mas não serão mais controladas pelo governo do estado.
O valor da venda ainda não foi divulgado, mas a Copel jura que pretende investir os recursos gerados na própria empresa para melhorar a geração e distribuição de energia limpa.
A privatização das ações da Copel está marcada para outubro deste ano, na bolsa de valores de São Paulo, a B3, e a oposição está se articulando contra a proposta.
O PT, principal partido de oposição a Ratinho Jr. (PSD), espera uma movimentação do governo federal contrária à venda da estatal energética. No entanto, o Ministério de Minas Energia é ocupado por Alexandre Silveira, que é do mesmo partido do governador paranaense.
Na campanha de 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu duas questões que são caras ao povo paranaense:
1- manter a Copel como empresa pública para induzir o desenvolvimento econômico, proporcionar conforto às famílias e tarifas módicas; e
2- garantir tarifa menor que cinco reais nas 27 praças de pedágio, não admitindo a ampliação da quantidade nem o degrau tarifárico.
A oposição renovou esta semana o apelo a Lula para que as privatizações e o pedágio mais caro do mundo sejam barrados urgentemente, antes que o Paraná desapareça.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.