Problemas crônicos no cartão de transporte de Curitiba: catraca livre para os usuários, já!

Os cidadãos de Curitiba enfrentam uma situação delicada no sistema de transporte coletivo, com problemas crônicos no acesso aos créditos do cartão de transporte, gerando transtornos para trabalhadores e estudantes. Desde sexta-feira (1º/3), relatos indicam que usuários, especialmente aqueles cujos créditos são depositados por empresas, estão enfrentando dificuldades significativas. Mesmo após o pagamento à Urbs, os créditos simplesmente não aparecem nos cartões dos empregados, afetando a rotina diária de muitos.

Os problemas de recarga e de sumiço de crédito no cartão transporte vêm dificultando a vida dos trabalhadores curitibanos, dos estudantes, enfim, dos usuários. Se tem problema no cartão, a Prefeitura de Curitiba tem que liberar a catraca até solucionar a falha.

Em resposta às crescentes queixas, a Urbs esclareceu que a instabilidade no sistema de bilhetagem e recarga de cartões se deve à migração para aprimoramento do serviço. Equipes técnicas estão empenhadas em normalizar a operação o mais rápido possível, mas a situação levanta questionamentos sobre a transparência dessas transições tecnológicas.

Diante da falta de acesso aos créditos, a orientação aos usuários é que se dirijam aos postos de atendimento da Urbs nos dias úteis, das 10h às 16h. Essa medida visa proporcionar um atendimento direto e ágil, buscando solucionar as questões individuais de cada usuário. Aproximadamente 65% dos passageiros dependem do sistema de vale-transporte, tornando crucial a resolução imediata desses problemas para evitar impactos significativos na vida diária dos cidadãos.

Prefeito Rafael Greca segurando um ônibus em miniatura
Greca planeja gastar até R$ 400 milhões com ônibus elétricos. Foto: Pedro Ribas/SMCS

Além dos problemas recorrentes no cartão de transporte, a crise no sistema de transporte coletivo de Curitiba ganha um novo capítulo com a decisão do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) de suspender a compra de 70 ônibus elétricos, avaliada em R$ 317 milhões. A denúncia, fundamentada na ausência de aprovação de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, destaca a falta de rigor na condução de investimentos públicos.

O conselheiro Maurício Requião, responsável pela decisão, apontou a antijuridicidade do ato administrativo denominado EVTEA elaborado pela Urbs. A ausência de aprovação da autoridade responsável e a falta de parecer do órgão de assessoramento jurídico da administração levaram à conclusão de que o estudo não atende aos critérios necessários. Essa constatação reforça a necessidade de maior transparência e rigidez nos processos de aquisição de veículos para o transporte público.

Economia

Curitiba, que possui a tarifa de ônibus mais cara entre as capitais, enfrenta desafios persistentes no sistema de transporte coletivo. Durante a pandemia, a Prefeitura destinou meio bilhão de reais às empresas de ônibus, mesmo com a substancial diminuição do número de passageiros transportados. A necessidade do metrô e a perpetuação do sistema atual, que vigora há mais de 70 anos, tornam-se pontos cruciais e proibidos em parte da mídia curitibana.

A suspensão da milionária subvenção destinada às empresas concessionárias de ônibus pela decisão do TCE-PR é um passo crucial para garantir transparência e legalidade nas ações administrativas. O Blog do Esmael continuará atento ao desdobramento dessa decisão, bem como na falha do cartão de transporte, fornecendo atualizações para manter os cidadãos de Curitiba informados sobre questões fundamentais para a eficiência do transporte público na cidade. Além disso, defendemos que a Prefeitura libere a catraca já para todos os usuários quando esse problema de recarga ocorrer.

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